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Filha do sargento que morreu após surto põe em xeque conduta de militares: "Por que deram um tiro?"

Caroline Oleszko e a madrasta devem prestar depoimento sobre o caso nesta quinta-feira (14); versão da PMAL diz que Alessandro Aleszko tentou "agredir a guarnição com armas brancas"

A filha do sargento Alessandro Oleszko, que morreu após levar um tiro de colegas de farda durante surto psicótico, nessa última segunda-feira (11), em Rio Largo, concedeu uma entrevista e pôs em xeque a conduta dos policiais militares durante a ocorrência. Caroline Oleszko e a madrasta devem prestar depoimento sobre o caso nesta quinta (14).

À TV Gazeta, Caroline Oleszko contou que o pai estava sob efeito de remédios e relatou trechos do momento em que o pai foi baleado. "Ele tava uma pessoa vulnerável. Quem quisesse fazer alguma coisa, fazia o que queria com ele. Se tivesse dado um empurrão no meu pai, ele caía. No momento, minha madrasta entrou para dentro da casa da vizinha. A vizinha viu a situação e chamou ela (sic)."

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Segundo a filha do sargento, dois policiais militares chegaram a entrar na residência com a madrasta. "O meu pai tinha ficado do lado de fora, discutindo com eles. A viatura que estava aparada se deslocou para a frente do condomínio, quando 'pensa que não' minha madrasta disse que ouviu três tiros [...] Ela saiu correndo e encontrou o pai no chão", disse.

Ela questionou a conduta dos militares ao relatar que a madrasta encontrou Alessandro desacordado no chão. "Quando ela chegou perto, viu que meu pai estava deitado para baixo, com a cara no chão, desacordado. Ela foi abraçar ele algemado. Ele tinha acabado de levar um tiro. Foi algemado com um tiro e desacordado. Por que algemar uma pessoa que acabou de levar um tiro e caiu no chão?".

Emocionada, Caroline Oleszko ressaltou que o pai não era uma pessoa ruim e que não chegaria ao ponto de matar alguém. "Por que levar uma pessoa que acabou de levar um tiro, algemado e jogar dentro da mala da viatura? Por que deram um tiro? Eles tinham cassetete, eles tinham arma de choque, tinha spray de pimenta. Tinham quatro viaturas lá foram, eram muitos homens, muita gente. Eles tinham como parar o meu pai de qualquer outro jeito", completou.

Também em entrevista à TV Gazeta, a filha falou sobre as "ameaças" e "agressões" relatadas pelo sargento em mensagens no WhatsApp. De acordo com ela, atualmente, Alessandro estava afastado do cargo. "Meu pai foi trabalhar no quartel. Eles ficavam muito no quartel para intimidar o meu pai. Falavam coisas para o meu pai para desestabilizar ele. E começaram a fazer denúncias contra ele."

Diante do caso, o presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, promotor Magno Alexandre Moura, acionou, nesta quarta (13), a corregedoria da Polícia Militar, que se comprometeu a abrir um procedimento para investigar o caso.

O caso

O 3º Sargento Alessandro Oleszko morreu, nessa segunda (11), após levar um tiro durante um surto psicótico. Segundo o relato dos militares, os policiais que presenciaram a ação do sargento contaram que, de início, o grupo tentou acalmá-lo até a chegada do reforço. No entanto, ele havia tentado "agredir a guarnição com armas brancas" e depredou a viatura da Rocam Comando (30-0672) do 5° BPM.

Em seguida, ainda conforme a versão da PMAL, Oleszko se dirigiu ao seu veículo, pegou uma arma de fogo e mostrou a guarnição. Logo após, ele partiu para cima dos militares com duas facas em punho, quando foi realizado os procedimentos de uso diferenciado da força, com início a uma conversa. O mesmo largou as facas e pediu para que os militares atirassem nele, descumprindo a ordem e partindo novamente ao encontro da guarnição.

"Em um terceiro momento em que o mesmo desobedeceu aos comandos gradativos doutrinários do uso diferenciado da força, para resguardar a integridade física dos militares, foi necessário efetuar um disparo na perna do mesmo para tentar contê-lo e encaminhá-lo para o hospital", informou o boletim da PM.

O sargento foi encaminhado para a UPA do Tabuleiro dos Martins, onde foi atendido. Após ser estabilizado, ele foi encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE) por uma ambulância. O disparo atingiu a perna esquerda de Alessandro Oleszko e foi necessário o uso da algema para contê-lo.

Pedido de ajuda

Imagens de mensagens divulgados após a morte do sargento mostram que ele já tinha pedido ajuda aos colegas do 5º BPM, em um grupo de WhatsApp. Ele se identificou como policial militar e disse que precisa de ajuda. "Processos na corregedoria que não dão solução, agressões da corporação contra mim e meus familiares", enumerou. "Estou sendo perseguido, ameaçado e coagido", denunciou.

Ele também chegou a afirmar que fazia acompanhamento psicológico e psiquiátrico desde o início dos acontecimentos. No pedido de ajuda, o sargento ainda alertou: "Antes que aconteça uma tragédia."

Segundo as mensagens, Alessandro Okeszko chegou a denunciar uma das situações sofridas por ele na 62ª Vara da Promotoria de Justiça. "Não estou bem. Muitos remédios controlados. Me ajudem, por favor", pediu.

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