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HOME > notícias > POLÍCIA

Ex-cunhado de líder do PCC é reintegrado ao quadro de oficiais da PMAL

Tenente Terêncio é investigado pela Polícia Federal e foi alvo de operação contra a lavagem de dinheiro deflagrada nesta terça-feira (14)

A Justiça de Alagoas mandou reintegrar aos quadros de oficiais da Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) o 2º tenente Domingos Terêncio Correia Neto. Ele havia sido expulso em 24 de janeiro deste ano.

O tenente Terêncio, como é conhecido, é ex-cunhado de Erik da Silva Ferraz, apontado como líder da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que foi morto em confronto com a Polícia Federal, em 2017.

Terêncio também é investigado pela Polícia Federal em operação deflagrada nesta terça-feira (14).

A decisão de reintegrar Terêncio é do desembargador Klever Rêgo Loureiro. O magistrado pontuou que o acórdão que resultou na expulsão do militar se restringiu a mencionar que ele figura como indiciado em inquérito da Polícia Federal pela prática, em tese, dos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Porém, segundo o desembargador, não há referência acerca da efetiva deflagração de ação penal, nem tampouco de que ele tenha sido condenado. Sendo assim, Klever Loureiro concedeu liminar para o policial, determinando seu retorno à PMAL.

A decisão do desembargador pela reintegração de Terêncio é do último dia 2 deste mês.

Nesta terça-feira (14), a Polícia Federal deflagrou as Operações Policiais denominadas Face Oculta I e II, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa atuante no estado de Alagoas que vem praticando, principalmente, o crime de lavagem de dinheiro. Terêncio é um dos investigados.

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As investigações da PF apontam que, mesmo após a morte do cunhado de Terêncio, que era líder do PCC, em 2017, o esquema criminoso voltou a ser praticado.

Durante as investigações, constatou-se que a viúva alagoana de Erik Ferraz recebeu, nos anos de 2018 e 2019, malas de dinheiro em Alagoas. Para tanto, contou com a participação do advogado que passou a organizar viagens para São Paulo com o objetivo de trazer o dinheiro ilícito.

Destaca-se que alguns militares foram contratados para “escoltar” o dinheiro até a capital alagoana. Descobriu-se ainda em 2022 que este mesmo grupo criminoso, já investigado na Operação Duas Faces, estava movimentando milhares de reais de origem desconhecida através de contas bancárias em nome de terceiros, que emprestavam suas contas bancárias.

A EXPULSÃO DE TERÊNCIO

Foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 24 de janeiro a demissão ex officio, por indignidade, do 2º tenente da Polícia Militar de Alagoas Domingos Terêncio Correia Neto. Ao julgar o caso, o desembargador Washington Luiz afirmou que “não procede o argumento de que seu indiciamento se deu, exclusivamente, em razão do seu parentesco por afinidade com o então cunhado, considerando que adquiriu bens e movimentou valores elevados, inclusive em moeda estrangeira, completamente incompatíveis com a sua renda."

O desembargador pontuou ainda que não se mostraram críveis as versões apresentadas pelo policial e seus familiares sobre a origem dos altos valores apreendidos e utilizados na compra de bens de alto padrão. Segundo a investigação, o oficial tinha uma casa em seu nome, sendo construída em um condomínio de luxo.

A investigação da PF apontou também que o militar possuía um veículo modelo HR-V entregue a ele pela irmã e que teria sido adquirido, em tese, a partir do crime de lavagem de dinheiro. O desembargador ponderou que o militar “tinha total condição de se aprofundar acerca da natureza de tais atividades, porém, supostamente teria agido de modo indiferente a tal conhecimento."

O CASO

A Polícia Federal informou que Erik da Silva Ferraz, de 39 anos, morto durante a Operação Duas Faces, no dia 7 de dezembro de 2017, chefiava em Alagoas uma facção criminosa de São Paulo que atua dentro e fora dos presídios e era filho de um dos seis criminosos mais procurados pela PF no Brasil.

Quatro pessoas da família dele foram presas suspeitas de participar do esquema de lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas. Ferraz, segundo a PF, fazia parte do PCC (Primeiro Comando da Capital) e foi o responsável por comandar o assalto a um avião da TAM, no aeroporto de São José dos Campos, em 1996, quando R$ 6 milhões foram roubados.

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