A investigação realizada de forma conjunta entre a SSP e a Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), da Polícia Civil, que culminou na operação Módulo 5, descobriu que as esposas dos detentos faziam uma espécie de tutorial para ensinar outras mulheres a esconderem drogas dentro do corpo, para passar na revista dos presídios alagoanos.
Com os maridos já reclusos no sistema prisional, a função de receber drogas e até encaminhar os ilícitos aos maridos, ficava a cargo das mulheres, do lado de fora dos presídios.
“Elas faziam vídeos e fotografias ensinando outras mulheres de presos a fazerem a acomodação das drogas na vagina, para entrar no sistema prisional, no dia de visita. Essas mulheres tinham papel fundamental aqui fora e, com a prisão de líderes de determinadas regiões, elas passam o comando para as esposas”, disse o delegado Igor Diego, diretor da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).
Ao todo, foram expedidos 30 mandados de prisão e busca e apreensão nas cidades de Maceió, Paripueira e Boca da Mata. Onze pessoas já foram presas, três seguem foragidas.
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A operação ganhou o nome de Módulo 5 e é fruto de uma investigação realizada de forma conjunta entre a SSP e a Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), da Polícia Civil. Todos os mandados foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, com base em provas técnicas. Entre os envolvidos, cinco reeducandos estavam na liderança do grupo criminoso.
REEDUCANDOS
A operação ganhou o nome “Módulo 5” em virtude do envolvimento de cinco reeducandos na liderança do grupo criminoso. Os indivíduos estabeleciam parcerias dentro do convívio prisional para a prática de crimes nas dependências do sistema, bem como fora dele.