O motorista do caminhão-pipa que atropelou e matou uma mulher de 55 anos na Avenida Siqueira Campos, no Trapiche, se apresentou à polícia nesta terça-feira, 19. Ele afirmou que não percebeu o atropelamento e, ao parar o caminhão mais à frente, percebeu o ocorrido e fugiu por medo de retaliações.
Segundo o delegado Carlos Reis, da Delegacia de Crimes de Trânsito, o caminhão vinha de Marechal Deodoro, sentido Maceió, para entrega de água, quando o acidente ocorreu, na terça, 12.
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“O caminhão está em nome de outra pessoa, que ouviremos no momento oportuno para coletar mais detalhes. Ele [suspeito] não apresentou o documento do veículo, mas estamos ainda na fase inicial do inquérito policial e os demais depoimentos serão coletados na próxima semana”, disse Carlos Reis.
“Ele tem a categoria D, ou seja, a categoria apropriada para dirigir o caminhão, e isso foi verificado já por nós e pela equipe que investiga o caso”, acrescentou.
O delegado informou que o condutor não visualizou a motocicleta.
“Ele alegou que não visualizou a motocicleta e, quando parou o caminhão um pouco mais à frente, percebeu que havia batido em alguma coisa, parou o caminhão e verificou que havia uma motocicleta caída na via da Avenida Siqueira Campos. Com receio de retaliações, pois pessoas estavam se aproximando dele, ele entrou no caminhão e foi embora.”
Agora, a polícia aguarda o exame cadavérico da vítima, Isolda Santos de Lima, que estava em uma moto de aplicativo quando foi atropelada. Ela chegou a ser socorrida ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos. O piloto da motocicleta não se feriu.
"O exame cadavérico vai atestar a causa da morte, se Isolda morreu em decorrência do impacto do caminhão ou apenas da queda, ou seja, quando ela atingiu o asfalto. Em suma, todas as evidências serão analisadas por meio do exame cadavérico realizado pelo Instituto Médico Legal", explicou o delegado.
Carlos Reis ainda informou que o motorista pode ser ouvido novamente, caso necessário, no decorrer das investigações.