
A investigação da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) sobre o triplo homicídio ocorrido no mês de janeiro do ano passado, em Ibateguara, apontou que a motivação para o crime teria sido a disputa pelo tráfico de drogas. Quatro pessoas foram presas durante uma operação, na manhã desta quarta-feira (12), dentre elas uma mulher; dois seguem foragidos.
Segundo o delegado Igor Diego, coordenador da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), os líderes da organização criminosa são irmãos que moram em Maceió e Rio Largo.
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O crime teria ocorrido porque as três vítimas desobedeceram à ordem deles de parar o tráfico de drogas na região.
“Eles tinham mandado recado para essas vítimas para que elas saíssem de lá e não vendessem mais drogas nessa localidade. Como não saíram, foram mortos”, explicou Diego.
Seis membros da organização criminosa praticaram o triplo homicídio. Uma mulher que foi presa na operação de hoje morava junto com o marido em frente à casa onde ocorreu o crime. Teriam sido eles os responsáveis por avisar aos criminosos sobre a chegada das vítimas ao imóvel.
Conforme o delegado, no dia do crime, os quatro indivíduos chegaram em um veículo de cor preta, estacionaram perto de um beco. Dois deles desceram usando capuz e arma de fogo.
“Eles chegaram na casa efetuando chutes na porta e gritando que era a polícia. Eles encontraram a primeira vítima - Jailton Euclides da Silva, 24 anos - sentada na cadeira e efetuaram vários disparos. A outra vítima - Wellitânio Souza Silva, 19 anos -, ao tentar correr, foi atingida por vários disparos nas costas. A terceira vítima - Douglas Joaquim da Silva, 21 anos - conseguiu correr para o quintal da casa, mas foi morto”.
Um dos foragidos é líder da organização, com mandados de prisão em aberto por crimes de homicídio. Segundo o delegado, eles vivem se mudando entre as cidades para despistar a polícia e continuar cometendo crimes.
“Eles moram em cidades maiores e daqui eles controlam o tráfico de drogas em cidades menores, colocando pessoas para vender a droga, e, quando um grupo rival ameaça essa venda ou tenta travar uma concorrência, muitas vezes isso é resolvido com homicídios”, finalizou.