Mais uma polêmica envolvendo fraudes no concurso público da Polícia Civil (PC) de Alagoas, desta vez, no certame para o cargo de delegado. O deputado federal, delegado Fábio Costa (PP), informou - na manhã desta terça-feira (11), em suas redes sociais, - que recebeu a denúncia do suposto esquema fraudulento.
Direto da Delegacia Geral, no bairro de Jacarecica, em Maceió, o parlamentar utilizou as redes sociais para informar, em primeira mão, a notícia recebida anonimamente.
"Estou em reunião aqui na Delegacia Geral da Polícia Civil, para trazer uma gravíssima denúncia de fraude no concurso para delegado. Vou conversar agora com a direção da Polícia Civil, para saber se ela tem conhecimento desse fato, se essa ocorrência foi registrada, o que foi feito até agora e o que será feito daqui pra frente. Eu tenho informações muito graves em relação às pessoas que estavam participando dessa tentativa de fraude. Eu vou ter cautela em relação a essas informações que eu recebi. Volto com mais informações em breve!", disse Fábio.
Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação da Polícia Civil informou que Fábio Costa ainda está reunido com o delegado-geral, Gustavo Xavier, e aguarda qual será o posicionamento adotado pelo órgão.
Artigos Relacionados
SEGURANÇA NO CERTAME
A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) contou com equipes de segurança durante a prova do concurso de delegado de polícia, que aconteceu nesse domingo (9). A ação teve como objetivo garantir a integridade dos participantes e a lisura do processo seletivo, e fez parte de um planejamento estratégico elaborado pela instituição, com a atuação de agentes, escrivães e delegados - caracterizados e descaracterizados – dentro e fora das escolas.
No planejamento elaborado, a Polícia Civil se preparou para deflagração da terceira fase da operação “LOKI”, uma investigação com foco no combate a organizações criminosas que faziam esquemas de fraudes em concursos da área de Segurança Pública do Estado.
Na conclusão do inquérito policial, 77 pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil alagoana, por crimes de fraude a concurso público e organização criminosa.
Fases da operação LOKI
A operação desarticulou na primeira fase, em 2022, uma organização criminosa suspeita de burlar concursos públicos em, pelo menos, quatro estados: Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Paraíba.
Após as investigações da Polícia Civil de Alagoas, foi apontado que a aprovação por meio de fraude poderia chegar a R$ 100 mil. Os criminosos que integravam a organização criminosa e os concurseiros compraram os gabaritos, com o objetivo de conseguir aprovação de forma ilegal.
Na primeira fase, 12 pessoas foram presas na operação, incluindo um ex-policial que foi apontado como coordenador da organização criminosa. Já na segunda fase da operação, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão.