Um delegado da Polícia Civil de Alagoas foi preso, nesta quarta-feira (18), pela Polícia Federal (PF), por causa do sumiço de uma documentação importante referente às investigações do assassinato do empresário Kleber Malaquias, crime ocorrido em um bar do município de Rio Largo, em 15 de julho de 2020, data em que a vítima fazia aniversário.
O pedido de prisão foi feito pelos promotores de Justiça Lídia Malta e Kleber Valadares. De acordo com o MPAL, eles ainda estão concluindo os peticionamentos e se manifestarão quando tudo estiver concluído.
Leia também
A superintendente da Polícia Federal, delegada Luciana Paiva, informou que a equipe deu suporte ao cumprimento do mandado e que não teria detalhes sobre o caso, considerando que a investigação é do Ministério Público Estadual (MPAL).
Por meio da Assessoria de Comunicação, a Polícia Civil informou que não tinha informações sobre o assunto.
PRISÃO ÀS VÉSPERAS DE JULGAMENTO
A prisão do delegado acontece às vésperas do julgamento de três acusados no referido processo. Marcado para esta quinta-feira (19), o júri vai levar ao banco dos réus José Mário de Lima Silva, Edinaldo Estevão de Lima e Fredson José dos Santos. Eles são acusados de matar Kleber Malaquias de Oliveira, em 2020, na Mata do Rolo, em Rio Largo.
Os acusados serão julgados por homicídio qualificado pelo Tribunal do Júri, a partir das 8h30, no Fórum do Barro Duro. O julgamento será conduzido pelo juiz José Braga Neto, da 8ª Vara Criminal de Maceió.
Segundo os autos, a vítima era conhecida por denúncias contra políticos e autoridades, sendo esta a possível motivação do crime.
Além dos acusados, outros três envolvidos, Marcelo José Souza da Silva, Jefferson Roberto Serafim da Rocha e Marcos Maurício Francisco dos Santos, ainda serão julgados.
O julgamento estava marcado para 17 de julho deste ano, mas foi adiado para amanhã. Apesar disso, a assessoria do Ministério Público informou que o órgão vai entrar com um pedido para que o julgamento seja adiado novamente, diante das novas circunstâncias do caso.