
O advogado Welton Roberto, responsável pela defesa de Marcello Gusmão, afirmou, nesta terça-feira (18), que aguarda o julgamento do mérito do habeas corpus e reforçou a confiança na Justiça para comprovar a inocência de seu cliente. Ele estava acompanhando o empresário no momento em que esse se apresentou à Polícia Civil (PC).
“Estamos aguardando ser julgado o mérito do HC. Ontem, o desembargador negou a liminar, mas temos confiança de que todas as provas que temos vão demonstrar a inocência do Marcello e ele será colocado em liberdade”, declarou o advogado.
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Defesa questiona motivação do crime e aponta inconsistências
A defesa sustenta que a suposta motivação para o crime, apresentada pela vítima, não condiz com a realidade. Segundo Welton Roberto, Marcelo não teria impedido a viagem da ex-companheira, ao contrário do que foi alegado.
“Temos a prova de que a motivação do crime trazida pela suposta vítima não existe. Ela afirmou que não viajaria porque Marcelo não queria, mas, na verdade, ele é quem não pôde viajar. Isso gerou uma discussão, porque ela iria sem nenhum valor. Mas daí escalonar para um incêndio criminoso é um absurdo”, argumentou o advogado.
Além disso, a defesa reforça que as imagens das câmeras de segurança não provam que Marcelo tenha ateado fogo no apartamento.
“As imagens são provas de que Marcelo entrou no apartamento para pegar suas coisas e saiu. Ele nunca negou isso. Esses fatos não dizem que Marcelo colocou fogo no apartamento”, completou o advogado.
Marcelo Gusmão nega envolvimento no incêndio
Durante depoimento à polícia, Marcelo Gusmão reafirmou sua inocência e disse estar colaborando com as investigações.
“Só quero dizer mais uma vez que sou inocente e estou aqui para prestar meu depoimento para a polícia”, declarou.
A defesa aguarda agora a realização da audiência de custódia e pretende solicitar a revogação da prisão preventiva.
“Teremos audiência de custódia, vamos pedir a revogação da prisão preventiva, mostrar as provas que temos, ter acesso a todo o inquérito policial e solicitar a perícia para comprovar que esse incêndio não partiu do Marcello”, finalizou Welton Roberto.