O corpo de um homem encontrado em um trecho da linha de trem próximo à Usina Utinga, entre os municípios de Satuba e Rio Largo, em Alagoas, foi identificado como sendo José Vitor Santos da Silva, de 20 anos. O cadáver foi encontrado no dia 11 de março deste ano.
Segundo a Polícia Científica, o primeiro contato da família com o IML do Agreste foi por telefone com a técnica forense Dayane Moreira, chefe de custódia do órgão, que responde pelo setor de fotografias de corpos não identificados. No momento, os parentes passaram informações e características do jovem e explicaram que o último contato teria sido no mês de março, mas não sabiam o endereço dele quando sumiu no estado alagoano.
Foi então que a chefe de custódia realizou buscas nos arquivos fotográficos de corpos não identificados que deram entrada no IML de Arapiraca. A técnica forense também pediu para a equipe do IML de Maceió fazer o mesmo levantamento, mas ambas tentativas de buscas deram negativas.
“Desde o primeiro contato, diante de tudo que foi apresentado, à distância, já que eles moram no município de Riachuelo, em Sergipe, não medimos esforços para dar uma resposta a essa família. Orientei a registrarem o boletim de ocorrência, a fornecer material genético para o projeto Desaparecidos e a partir de então todos os corpos que davam entrada no IML eram comparados com as fotos fornecidas pela família”, explicou Dayane Moreira.
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Já no mês de junho, familiares do desaparecido compareceram pessoalmente ao IML de Arapiraca e, por meio de novas informações e fotografias mais objetivas fornecidas pela mãe, foi possível realizar uma busca mais ampla nos registros de corpos não identificados. Com os novos dados, o corpo de José Vitor Santos da Silva, de 20 anos de idade, foi localizado na unidade de Maceió.
O exame cadavérico realizado pela perita médica legista Maria Goretti Praxedes Leal. O documento apontou que vítima foi atingida por projetil de arma de fogo e sofreu politraumatismo por atropelamento do trem. As fotografias do corpo feitas no dia do exame cadavérico e arquivadas no bando de dados de cadáveres não identificados foram determinantes para a identificação do corpo pela família.
“Não é a melhor notícia para passar a uma família, mas acredito que seja um conforto para os familiares que estão realizando uma busca incessante, muitas vezes sem nenhum tipo de informação, onde essa procura por muitas vezes pode durar anos. Se não houvesse essa comunicação entre os IMLs, e a iniciativa das buscas não haveria o êxito em encontrar o corpo e fechar esse ciclo para a família”, afirmou a técnica forense.
Após a identificação, os familiares compareceram ao IML de Maceió, realizaram todos os procedimentos necessários e o corpo de João Vitor foi liberado no último dia 27 de junho para sepultamento.
*com informações da assessoria.