Familiares da mulher trans Anna Luiza Pantaleão, de 19 anos, informaram que o corpo dela deve chegar, nesta quarta-feira (11), a Alagoas, e será levado para o município de Pão de Açúcar, Sertão do Estado. Os restos mortais da alagoana foram liberados, nessa segunda (9), pelo Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo. O crime ocorreu no município paulista de Pirapora do Bom Jesus.
Apesar do trágico desfecho dessa história, a notícia da transferência do corpo já é um motivo de alívio em meio à angústia da família, tendo em vista o longo tempo de espera.
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Anna Luiza era natural de Pão de Açúcar, no interior de Alagoas, onde a família dela ainda reside, e estava desaparecida havia, pelo menos, 15 dias. O corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição.
ENTENDA O CASO
O acusado disse à polícia que estava trabalhando como motorista por aplicativo, quando resolveu contratar os serviços de garotas de programa. No entanto, ele afirma que não sabia que se tratava de uma mulher trans. Ele alega legítima defesa.
“Quando ele percebeu, desistiu do programa, e foi essa a revolta dela. Ela estaria alcoolizada, alterada, entrou em luta corporal com ele dentro do veículo e teria sacado da bolsa um canivete. E, nessa luta corporal, ele tomou o canivete e acabou dando um golpe no pescoço da vítima”, relatou Ana Cláudia dos Santos, avó de Anna Luiza.
Após o crime e com a vítima morta, ele se dirigiu ao município vizinho, onde foi até um motel, enrolou o corpo dela com um lençol e seguiu até Pirapora, onde deixou o corpo.