Apesar dos indícios juntados pela Polícia Civil, Otávio Cardoso Silva Neto, que estava foragido e foi preso no domingo (1º), na cidade de Terra Nova do Norte, no interior do Mato Grosso, não confessou em depoimento a morte da estudante Bárbara Regina. Havia a expectativa que ele apresentasse informações sobre o caso, o que poderia elucidar de uma vez por todas o crime. Apesar das negativas, os delegados que investigam o caso dizem acreditar na culpa dele.
A narrativa dada pelo suspeito foi repassada à imprensa na tarde desta quarta-feira (11) durante coletiva realizada na sede da Polícia Civil de Alagoas, no bairro de Jacarecica, em Maceió.
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De acordo com o coordenador da Delegacia de Homicídios, Fábio Costa, o suspeito contou que deu uma carona à vítima a pedido dela, deixando-a em um local na orla de Maceió. Mesmo apresentando os elementos que comprovariam a participação dele no crime, Otávio não contou nada que leve ao desfecho do caso.

Fábio Costa bateu o martelo ao apontar que o acusado entrou em contradição por diversas vezes, o que leva a polícia a crer que ele esteja mentido. "Foi ela quem pediu a carona. Eu saí com ela da boate", relatou Otávio em depoimento.
Sobre utilizar o celular que seria da vítima, o delegado Fábio Costa relatou que Otávio contou que o aparelho caiu dentro do carro após dar a corona. No entanto, a polícia acredita que ele começou a utilizar o aparelho após cometer o crime. "Qualquer pessoa que ouça a versão dele, já perceberia que não é verdade", explicou o delegado, acrescentando que o suspeito não soube explicar porque saiu de Alagoas corrido da polícia, em vez de procurar as autoridades para explicar todas as suspeitas.
O coordenador da delegacia de homicídio disse que não há indícios de que Bárbara seja garota de programa. As autoridades apontaram que, em depoimento, Otávio relatou que saiu de Alagoas dias após o sumiço da estudante. Neste período de cinco anos que passou foragido, o acusado confessou que pensou em sair do Brasil, mas acabou se escondendo no interior do Pará. "Ele relatou que estava trabalhando em um garimpo no interior. Toda a versão apresentada pelo suspeito é estranha", frisou o delegado.