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Bilhete premiado: seis vítimas procuram delegacia e prejuízo chega a mais de R$ 1 milhão

Maioria delas é idosa e acaba fornecendo uma grande quantia em dinheiro para os estelionatários


				
					Bilhete premiado: seis vítimas procuram delegacia e prejuízo chega a mais de R$ 1 milhão
Delegado Lucimério Campos fala sobre golpe do bilhete premiado. Reprodução

Depois da repercussão do golpe do bilhete premiado em que duas idosas perderam quase R$ 500 mil em Maceió, outras seis vítimas dos estelionatários procuraram a delegacia para registrar Boletim de Ocorrência e o prejuízo pode ultrapassar R$ 1 milhão. As informações foram repassadas pelo delegado Lucimério Campos, durante entrevista ao Boletim Gazeta, da GazetaNews.

Segundo o delegado, os criminosos não são de Alagoas e vêm de outros Estados para aplicar golpes em diversas capitais do Nordeste. As principais vítimas são idosos, que acabam "caindo na conversa" dos criminosos e perdem uma grande quantia em dinheiro.

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“Esse golpe tem um enredo preestabelecido para atrair as vítimas. Aqui na capital, todas as vítimas são idosas. Geralmente, eles abordam perto de agências bancárias e trabalham em três pessoas, mas apenas duas abordam as vítimas, a outra é um apoio. É um casal que aborda os idosos com um falso bilhete premiado, pedindo ajuda porque precisa de uma orientação da vítima. A vítima abordada, geralmente, não tem muita informação e, nesse momento, entra um homem bem vestido, que se apresenta como advogado. A questão sempre passa pelo critério da religião, eles alegam que não podem receber. A partir daí, coloca essas idosas em uma situação de captura mental e realizam o golpe, dilapidando a conta das vítimas”, explicou Lucimério.

Conforme ressalta o delegado, os criminosos não costumam entrar nas agências junto com as vítimas, para não terem a imagem capturada pelas câmeras de segurança. No entanto, no golpe que aplicaram em Maceió, na última semana, quando uma idosa de 69 anos perdeu R$ 112 mil, os suspeitos entraram na agência. Um deles foi preso no aeroporto do Recife, antes de embarcar para Passo Fundo, em Santa Catarina.

“De modo geral, eles procuram não entrar em agência para não ter a imagem capturada. Os criminosos que atuam aqui não são de Alagoas, eles descem no aeroporto do Recife, vêm para as capitais de Maceió, Aracaju e no próprio Recife. No caso da última ocorrência, eles acabaram acompanhando a vítima, exceto quando ela foi falar com a gerente, que tentou alertá-la, mas ela alegou que o dinheiro era para um filho e o banco acabou liberando”, ressaltou Lucimério.

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