Um áudio curto e que circula em grupos de redes sociais, desde o início da manhã deste sábado (07), está sendo analisado pelo setor de inteligência da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) devido à mensagem direcionada a dois presídios de Alagoas.
Na sonora, um suposto membro de facção criminosa de outro estado ordena que membros desta organização e recolhidos no Baldomero Cavalcanti e no Cyridião Durval se armem. O conteúdo já foi enviado para o Ministério da Justiça e Cidadania e para órgãos nacionais de investigação com a intenção de que se faça uma análise.
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Por enquanto, ainda não se sabe se o recado foi gravado antes ou depois dos dois confrontos que geraram dezenas de mortos em penitenciárias do Amazonas e de Roraima nesta semana. Como os presídios estão em alerta máximo nos últimos dias para evitar novos massacres, a gravação está sendo considerada como uma ameaça também, embora não se tenha a real confirmação da veracidade dela.
O suposto membro da facção pede para que dê um salve todos os membros do Baldomero e do Cyridião que já estão armados. Ao final, ele ainda manda um abraço em nome da 'ordem', que seria a facção criminosa.
"Chegou ao nosso conhecimento a existência desse áudio e imediatamente passamos ao setor de inteligência para que ele fosse analisado. Certamente é um áudio produzido de fora, mas que ainda não conseguimos identificar a temporalidade dele", comentou o secretário de Ressocialização e Inclusão Social, tenente-coronel Marcos Sérgio Freitas.
Ele explicou que o sistema prisional de Alagoas continua seguindo o protocolo de alerta amarelo, que garante reforço da Polícia Militar na área externa das penitenciárias, atividades pró-ativas de inteligência, intervenções nas unidades prisionais para revistas, controle efetivo de onde está cada reeducando e identificação dos líderes das facções e isolamento deles.
"Tem uma doutrina da inteligência que não se pode descartar nada. Os investigadores estão em contato com o Ministério da Justiça e do Depen, Polícia Federal, Abin [Agência Brasileira de Inteligência] e Polícia Civil para saber de onde partiu esse áudio", revelou o secretário.