Um homem e seu cachorro ficaram à deriva quando o veleiro em que estavam foi atingido pela passagem de um furacão na Flórida, nos Estados Unidos. Os dois, que tiveram de pular no mar, conseguiram ser resgatados pela Guarda Costeira da Flórida, que registrou o resgate em um vídeo divulgado nesta sexta-feira (27). (veja abaixo).
O furacão Helene chegou à Flórida na quinta-feira (26) na categoria 4 em uma escala de 5, um dos mais fortes a atingir os Estados Unidos neste ano. Quatro pessoas morreram no estado (leia mais abaixo).
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O veleiro em que estavam o homem e seu cachorro foi encontrado por um helicóptero da Guarda Costeira da Flórida perto da costa da Ilha Sanibel, perto da cidade de Naples, uma das mais afetadas pela passagem do furacão.
A embarcação estava à deriva e começou a encher de água rapidamente, segundo a guarda costeira, que iniciou então a operação de resgate.
Um dos guardas desceu com uma corda até o mar e filmou o momento com uma câmera GoPro instalada em seu capacete. Ele amarrou o velejador e seu cachorro, que foram puxados para o helicóptero. Os dois passam bem, ainda de acordo com a Guarda Costeira da Flórida.
O Helene, que ganhou força na noite desta quinta-feira (26), tocou o solo como furacão de categoria 4 na região noroeste da Flórida, já no início da madrugada desta sexta-feira (27), pelo horário de Brasília.
Na manhã desta sexta, o sistema seguia pelo estado da Geórgia já rebaixado à condição de tempestade tropical. Quatro mortes foram confirmadas nos EUA em decorrência do fenômeno, segundo a agência Associated Press.
Com a aproximação da tempestade, duas mortes foram reportadas em decorrência de um possível tornado no sul da Geórgia, segundo a Associated Press. A Reuters informou que uma pessoa também morreu na Flórida após uma placa cair sobre seu carro.
O Centro Nacional de Furacões em Miami informou que o Helene chegou à costa por volta das 23h10, pelo horário local, perto da foz do rio Aucilla, na área do Big Bend, que fica na costa do Golfo da Flórida.
A velocidade dos ventos, ao tocar o solo, foi estimada em em 225 km/h.
Mais de um milhão de residências e empresas ficaram sem energia na Flórida, e mais de 50 mil na Geórgia, segundo o site de monitoramento poweroutage.us. Os governadores da Flórida, Geórgia, Alabama, Carolinas e Virgínia declararam emergência em seus estados.
Mais cedo, o furacão havia subido para a categoria 4, numa escala que vai até 5, o que indica um fenômeno "extremamente perigoso", segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em ingês). O furacão está próximo da costa da Flórida.
"O Helene agora é um furacão de categoria 4 extremamente perigoso", anunciou o NHC. "Um avião caça-furacões da NOAA [Administração Nacional Oceânica e Atmosférica] que está investigando o Helene descobriu recentemente que os ventos máximos sustentados aumentaram para 215 km/h", acrescentou.
O Helene gerou alertas de furacão e inundações repentinas que se estendiam muito além da costa, alcançando o norte da Geórgia e o oeste da Carolina do Norte.
Antes de chegar aos EUA, o sistema meteorológico havia alagado partes da península de Yucatán, no México, na quarta-feira (25), inundando ruas e derrubando árvores enquanto passava ao largo e tocava a cidade de Cancún. Em Cuba, o Helene deixou mais de 200 mil casas e empresas sem energia ao passar pela ilha.
O furacão estava a cerca 190 km ao sul de Tallahassee, a capital da Flórida, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA. Acelerando pelo Golfo do México, estava se movendo para norte e nordeste. Espera-se tempestade com risco de vida. São registradas chuvas intensas e ventos fortes na Geórgia.
Furacão Idalia
O Helene chega pouco mais de um ano após o furacão Idalia atingir a Flórida e causar danos generalizados. Idalia se tornou uma categoria 4 no Golfo do México, mas tocou o solo como categoria 3 perto de Keaton Beach, com ventos máximos sustentados próximos a 201 km/h.
Os distritos escolares e várias universidades cancelaram as aulas. Aeroportos em Tampa, Tallahassee e Clearwater foram fechados na quinta, enquanto os cancelamentos foram generalizados em outras partes da Flórida.
Áreas 160 km ao norte da linha entre a Geórgia e a Flórida esperavam condições de furacão. A maioria dos distritos escolares públicos da Geórgia e várias universidades cancelaram as aulas. Toques de recolher foram impostos em muitas cidades e condados no sul da Geórgia, incluindo Albany, Valdosta e Thomasville.
"Esta é uma das maiores tempestades que já tivemos," disse o governador da Geórgia, Brian Kemp.