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União Europeia fecha acordo para compra de até 1,8 bilhão de doses adicionais da vacina da Pfizer

Negociação vale para o período de 2021 a 2023 e garante 900 milhões de doses, além de prever outros 900 milhões adicionais

A União Europeia fechou acordo com os laboratórios Pfizer e BioNTech para a compra de até 1,8 bilhão de doses adicionais de sua vacina contra a Covid-19, anunciou neste sábado (8) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

"Tenho o prazer de anunciar que a Comissão acaba de aprovar um contrato garantindo 900 milhões de doses (com opção de mais 900 milhões) com Pfizer/BioNTech para os anos 2021-2023", tuitou Von der Leyen, durante uma cúpula europeia em Portugal.

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Este é o terceiro contrato do bloco com as duas empresas, que já se comprometeram a fornecer este ano 600 milhões de vacinas da vacina de duas doses em dois contratos anteriores. A UE pretende inocular pelo menos 70% de sua população adulta até o final de julho.

A população dos 27 países da UE é de 445 milhões de habitantes, ou seja, o novo contrato, caso levado a cabo na sua totalidade, equivale a mais de 4 doses por pessoa nos próximos 2 anos. Segundo o site Our World In Data, ligado à Universidade de Oxford, até o momento foram aplicadas 168,7 milhões de doses de vacina contra Covid na região.

O novo acordo tem um valor de até US$ 43 bilhões, informou a agência alemã DPA. A Comissão não revela oficialmente quanto paga por dose a seus vários fornecedores de vacina.

O primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borisov, disse no início deste mês que o custo de cada injeção no novo acordo seria de US$ 23,72 -- portanto, mais alto do que em contratos anteriores. São necessárias duas doses para cada vacinação. Trata-se de um aumento considerável em relação ao preço pago pelos europeus pela vacina de Oxford/AstraZeneca, que teria um preço inferior a US$ 2,43 por dose.

A Comissão Europeia tem atualmente uma carteira de 2,6 bilhões de doses de meia dúzia de empresas. “Outros contratos e outras tecnologias de vacinas virão”, disse von der Leyen em uma mensagem no Twitter.

O anúncio deste sábado reforça a confiança que a UE tem demonstrado na tecnologia usada para a vacina Pfizer/BioNTech. O novo contrato prevê que todos os componentes essenciais das vacinas devem ser produzidos na UE.

RNA-mensageiro

O ingrediente ativo do imunizante da Pfizer é o RNA-mensageiro, ou mRNA, que contém as "instruções" para as células humanas construírem apenas uma parte do coronavírus chamada proteína spike. O sistema imunológico humano reconhece a proteína spike como estranha, permitindo que prepare uma resposta contra o vírus num caso a infecção.

O anúncio da grande ampliação de contrato com a Pfizer ocorre em um momento em que a União Europeia busca maneiras de se preparar para garantir doses de reforço, enfrentar possíveis novas variantes e iniciar a vacinação de crianças e adolescentes.

Pfizer e BioNTech já disseram que fornecerão à UE 50 milhões de doses extras no segundo trimestre deste ano para compensar as entregas irregulares da AstraZeneca.

Entrega confiável

Em contraste com a frequentemente criticada AstraZeneca, von der Leyen disse que a Pfizer-BioNTech é um parceiro confiável que cumpre seus compromissos.

Há duas semanas, a UE lançou um processo judicial contra a AstraZeneca por não respeitar os termos de seu contrato com o bloco de 27 países.

A vacina AstraZeneca foi peça fundamental para a campanha de imunização da Europa, além de importante ator na estratégia global para levar vacinas para os países mais pobres. Mas o ritmo lento das entregas frustrou os europeus e eles responsabilizaram a empresa por atrasar parcialmente a vacinação no Velho Continente.

Patentes

Este anúncio da UE coincide com os debates sobre a possibilidade de um levantamento temporário das patentes das vacinas anticovid, a fim de promover a imunização global. A UE se diz pronta para discutir a proposta.

O objetivo é acelerar a produção e a distribuição das vacinas, disse Von der Leyen na quinta (6). O governo dos EUA anunciou nesta quarta que apoiará a iniciativa e participará das negociações na OMC (Organização Mundial do Comércio) sobre o assunto.

"A União Europeia está pronta para discutir todas as propostas contra a crise de maneira eficaz e pragmática e a maneira como a proposta americana permitiria atingir esse objetivo", reagiu a representante do bloco europeu. O presidente francês, Emmanuel Macron, também se disse favorável à medida.

O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, chamou de "histórico" o anúncio americano de apoio à suspensão das patentes das vacinas contra a Covid-19.

Ursula Von der Leyen lembrou que, por hora, a União Europeia era a maior exportadora de vacinas do mundo e pediu aos outros países produtores que acabassem com as restrições para enviar as doses para outros países, evitando atrapalhar "as cadeias de abastecimento".

A declaração é uma alusão ao Reino Unido, que não exportou nenhuma dose fabricada em seu território, e também aos Estados Unidos, que dispõe de uma lei que bloqueia a exportação dos imunizantes e restringe a dos insumos necessários para fabricá-las.

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