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Ucrânia diz que mísseis russos atingiram bases militares e cidades em novo ataque

Rússia intensificou ofensiva na região de Luhansk, em esforço para obter controle total de área separatista

Mísseis russos caíram sobre a Ucrânia neste sábado (25), atingindo instalações militares no oeste e no norte do país, bem como uma cidade do sul, com o maior conflito terrestre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial continuando pelo quinto mês.

A artilharia e os ataques aéreos russos atingiram as cidades gêmeas de Severodonetsk e Lysychansk, na região leste de Luhansk, na sexta-feira (24), incluindo uma fábrica de produtos químicos onde centenas de civis estavam presos, afirmou uma autoridade ucraniana no sábado.

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A Ucrânia disse na sexta-feira que suas tropas receberam ordens para se retirar de Severodonetsk, já que havia muito pouco a defender após semanas de intensos combates, marcando a maior reversão para a Ucrânia desde que perdeu o porto de Mariupol em maio.

As notícias da retirada chegaram quatro meses depois que o presidente russo, Vladimir Putin, enviou dezenas de milhares de soldados pela fronteira, desencadeando um conflito que matou milhares, desarraigou milhões e desorganizou a economia global.

“48 mísseis de cruzeiro. À noite. Por toda a Ucrânia”, disse o conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak no Twitter. “A Rússia ainda está tentando intimidar a Ucrânia, causar pânico e fazer as pessoas terem medo”.

Os últimos avanços russos parecem aproximar Moscou de assumir o controle total de Luhansk, um dos objetivos de Putin, e prepara o terreno para que Lysychansk se torne o próximo foco principal.

Vitaly Kiselev, funcionário do Ministério do Interior da separatista República Popular de Luhansk – reconhecida apenas pela Rússia – disse à agência de notícias russa TASS que levaria mais uma semana e meia para garantir o controle total de Lysychansk.

Serhiy Gaidai, governador da região de Luhansk, disse que as forças russas atacaram a zona industrial de Severodonetsk e também tentaram entrar e bloquear Lysychansk no sábado.

“Houve um ataque aéreo em Lysychansk. Severodonetsk foi atingido por artilharia”, afirmou Gaidai no aplicativo de mensagens Telegram, acrescentando que a fábrica de produtos químicos Azot em Severodonetsk, e as aldeias de Synetsky e Pavlograd foram bombardeadas.

Ele não mencionou vítimas na fábrica de Azot e a Reuters não pôde verificar imediatamente a informação. Gaidai disse que 17 pessoas foram evacuadas na sexta-feira de Lysychansk por policiais, equipes de resgate e voluntários.

Instalações militares

Kharatin Starskyi, assessor de imprensa de uma brigada da Guarda Nacional Ucraniana, afirmou na televisão no sábado que o fluxo de informações sobre a retirada de Severodonetsk foi adiado para proteger as tropas no terreno.

“Durante os últimos dias, foi realizada uma operação para retirar nossas tropas”, disse Starskyi.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro no que chamou de “operação militar especial”, mas abandonou um avanço inicial sobre a capital Kiev diante da feroz resistência dos combatentes ucranianos com a ajuda de armas ocidentais.

Desde então, Moscou e seus representantes se concentraram no sul e em Donbass, um território oriental formado pelas províncias de Luhansk e a vizinha Donetsk, mobilizando uma artilharia esmagadora.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse no sábado que teme que a Ucrânia possa enfrentar pressão para chegar a um acordo de paz com a Rússia. Johnson avaliou que as consequências de Putin chegar a um acordo com a Ucrânia seriam perigosas para a segurança internacional e um desastre econômico de longo prazo.

No sábado, a Rússia disparou novamente mísseis contra infraestruturas militares e civis no norte, perto da segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, até Severodonetsk, no leste, segundo o Estado Maior das Forças Armadas da Ucrânia.

Vários governadores regionais relataram ataques de bombardeio em cidades em toda a Ucrânia no sábado.

A Rússia nega atacar civis. Já Kiev e o Ocidente dizem que as forças russas cometeram crimes de guerra contra civis.

O governador da região de Lviv, no oeste da Ucrânia, Maxim Kozytskyi, disse em um vídeo publicado online que seis mísseis foram disparados do Mar Negro na base de Yavoriv, ​​perto da fronteira com a Polônia. Quatro atingiram o alvo, mas dois foram destruídos.

Vitaliy Bunechko, governador da região de Zhytomyr, no norte do país, relatou que ataques a um alvo militar mataram pelo menos um soldado.

“Cerca de 30 mísseis foram lançados em uma instalação de infraestrutura militar muito perto da cidade de Zhytomyr”, afirmou Bunechko, acrescentando que quase 10 mísseis foram interceptados e destruídos.

No sul, Oleksandr Senkevych, prefeito de Mykolaiv, perto do Mar Negro, disse que cinco mísseis de cruzeiro atingiram a cidade e áreas próximas no sábado. O número de vítimas está sendo esclarecido.

“Retiradas ordenadas”

A Ucrânia novamente pressionou por mais armas ocidentais na sexta-feira, com seu principal general, Valeriy Zaluzhniy, dizendo a seu colega norte-americano em um telefonema que Kiev precisava de “paridade de fogo” com Moscou para estabilizar a situação em Luhansk.

Ao sul de Severodonetsk, soldados ucranianos também se retiraram das cidades de Hirske e Zolote diante das forças russas esmagadoras, afirmou Oleksiy Arestovych, conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia minimizou a importância da possível perda de mais território no Donbass.

“Putin queria ocupar o Donbass até 9 de maio. Estávamos [lá] em 24 de junho e ainda lutando. Recuar de algumas batalhas não significa perder a guerra”, disse Dmytro Kuleba em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera.

O Ministério da Defesa britânico afirmou no sábado que a Rússia provavelmente retirou vários generais de funções-chave de comando no conflito na Ucrânia neste mês.

A guerra teve um enorme impacto na economia global e nos arranjos de segurança europeus, elevando os preços do gás natural, petróleo e alimentos, e levando a União Europeia a reduzir sua forte dependência da energia russa. Já a Finlândia e a Suécia buscam adesão à Otan com o conflito.

O Ocidente impôs um pacote de sanções sem precedentes à Rússia, suas principais empresas e sua elite empresarial e política em resposta à invasão da Ucrânia por Moscou.

Em um grande sinal de apoio, os líderes da União Europeia aprovaram nesta semana a candidatura formal da Ucrânia para se juntar ao bloco – uma decisão que a Rússia disse na sexta-feira equivaler à “escravização” de países vizinhos.

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