Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > MUNDO

Tempestade tropical Ana deixa quase 80 mortos no sudeste da África

A tempestade tropical Ana, de intensidade moderada, deixou quase 80 mortos em sua passagem por Madagascar, Moçambique e Malawi, além de desalojar dezenas de milhares de pessoas e causar danos materiais significativos, segundo informaram nesta quinta-feira as autoridades destes países.

A primeira tempestade da estação chuvosa na região está agora no Malawi, onde o número de mortos subiu para 19 hoje, depois que o comissário do distrito de Chikwawa, Ali Phiri, confirmou à Agência Efe que 10 pessoas morreram nesta área, a mais afetada do país.

Leia também

Esse número, no entanto, pode aumentar à medida que as equipes de busca e resgate continuam suas operações para identificar mais vítimas.

"Tivemos problemas para chegar a muitas áreas afetadas porque as estradas e pontes foram danificadas ou estão submersas, mas estamos tentando verificar as informações sobre os desaparecidos", disse Phiri à Efe.

De acordo com o último relatório do Departamento de Gestão de Desastres do Malawi (Dodma), divulgado ontem, cerca de 217.000 pessoas (ou mais de 48.000 famílias) foram afetadas pelas inundações, ventos fortes e chuvas torrenciais provocadas pela tempestade.

O presidente do país, Lazarus Chakwera, declarou todos os distritos do sul afetados pela tempestade como "zonas de desastre" na quarta-feira.

Antes de tocar o Malawi, Ana passou por Moçambique, onde o número de mortos já subiu para 18, enquanto mais de 45 mil pessoas perderam as suas casas, segundo o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).

Com mais de 100 milímetros de chuva em 24 horas e ventos de entre 100 e 130 quilômetros por hora, a tempestade - que tocou terra na segunda-feira, 24 de janeiro - destruiu parcial ou totalmente 12 postos de saúde e 346 salas de aula.

"Os riscos para a saúde aumentam drasticamente após um desastre como este, com a ameaça real de surtos de doenças transmitidas pela água, como hepatite ou cólera", alertou a equipe em Moçambique do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

De acordo com o que a porta-voz da organização para a África Austral, Robyn Lee Doyle, disse à Efe, "as inundações terão um grande impacto no acesso à água potável e ao saneamento", enquanto a destruição das terras agrícolas "provocará insegurança alimentar no longo prazo".

O primeiro afetado pela tempestade foi a nação insular de Madagascar, onde Ana atingiu a costa na noite de sábado para domingo em sua parte leste.

Atingido por fortes chuvas e tempestades elétricas desde o último dia 17 de janeiro, o número de mortos naquele país chega a 41, segundo o Escritório de Riscos e Desastres (BNGRC).

Enquanto o sul de Madagascar sofre há um ano sua seca mais severa nas últimas quatro décadas, as chuvas e inundações abalam o centro e o norte, causando sérios danos materiais.

Especialmente a capital malgaxe, Antananarivo, sofreu danos significativos em suas infraestruturas, com o desmoronamento de dezenas de edifícios e o fechamento de estradas, bem como a inundação de campos de arroz e vários edifícios públicos, incluindo o Ministério de Negócios Estrangeiros e um centro de tratamento de covid-19.

O sudeste da África do Sul foi atingido em março de 2019 pelo ciclone Idai, considerado o pior desastre natural da sua história recente, que deixou um rastro de pelo menos 600 mortos em Moçambique, mais de 340 no Zimbabué e pelo menos 56 no Malawi.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Relacionadas