
O que o aquecimento global tem a ver com o frio extremo? No Brasil está um calorão, mas aqui na Alemanha, agora em fevereiro, a temperatura chegou perto dos 20 graus negativos em algumas partes do país. Nos Estados Unidos e Canadá, a friaca tem sido ainda pior: tem lugar que bateu mais de 40 graus negativos. Isso sem falar da sensação térmica.
Bom, mas na verdade esse frio extremo pode estar diretamente relacionado ao aquecimento global. Especialistas dizem que o Ártico, lá em cima do planeta, está aquecendo quatro vezes mais rápido do que outras partes do mundo.
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E isso pode estar enfraquecendo o chamado vórtice polar. São ventos fortes e circulares que rodeiam os polos, graças à diferença de pressão entre o ar frio do norte e o ar mais quente do sul. Com o aquecimento do polo e o enfraquecimento desses ventos, o frio estaria, digamos assim, escapando do Ártico.
E tem outro detalhe: o ar mais quente devido às mudanças climáticas pode carregar mais umidade. E, se a temperatura cai de forma repentina, essa umidade pode virar neve. Por isso, esse frio que escapa do vórtice polar geralmente é acompanhado de uma nevasca.
Enquanto isso, no Brasil, as temperaturas também batem recordes, mas de calor. São os extremos da era das mudanças climáticas.