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Rússia pede que Israel retire tropas do Líbano

País alertou que ataque levaria a uma nova escalada de violência no Oriente Médio


				
					Rússia pede que Israel retire tropas do Líbano
Fumaça sobe da destruição de prédios alvos de ataques aéreos israelenses em uma rua no subúrbio sul de Beirute, no Líbano. Stringer/picture alliance via Getty Images

Nesta terça-feira (1), a Rússia pediu a Israel que retire suas tropas do Líbano e alertou que o ataque levaria a uma nova escalada de violência no Oriente Médio.

Israel disse que unidades de comando e paraquedistas lançaram ataques ao Líbano na terça-feira como parte de uma incursão terrestre “limitada”. Enquanto o Hezbollah, apoiado pelo Irã, disse que havia disparado uma série de mísseis contra Israel, inclusive contra sua agência de espionagem perto de Tel Aviv.

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“A Rússia condena veementemente o ataque ao Líbano e apela às autoridades israelenses para que cessem imediatamente as hostilidades, retirem suas tropas do território libanês e se engajem em uma busca real por formas pacíficas de resolver o conflito no Oriente Médio”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Entenda a guerra entre Israel e Hezbollah

Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.

A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.

Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.

O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.

Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.

Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.

No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.

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