A Procuradoria Geral da República (PGR) informou nesta quarta-feira (7) que propôs atuação conjunta com os Ministérios Públicos da Bolívia e da Colômbia para investigar e punir os culpados pela queda do voo que transportava o time da Chapecoense, no fim do mês passado.
Na tarde desta quarta (7), autoridades dos três países se reuniram em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
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Em nota à imprensa, a PGR informou que o MP da Bolívia já abriu uma investigação por homicídio culposo (sem intenção de matar). As autoridades bolivianas já apreenderam documentos da companhia aérea LaMia e conseguiram a prisão temporária de três pessoas ligadas à empresa.
Também será investigada a responsabilidade de servidores da Direção Geral da Aeronáutica Civil (DGAC) e da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea (AASANA) da Bolívia. O objetivo é saber se houve corrupção para autorizar voo da LaMia.
Há indícios de que em várias viagens a empresa voou no limite da autonomia da aeronave para economizar custos.
O MP da Colômbia, por sua vez, também abriu investigação por homicídio culposo. O órgão analisa necrópsias das vítimas fatais, informações dos primeiros respondentes do acidente e documentos médicos.
A atuação conjunta entre os órgãos do Brasil, Bolívia e Colômbia facilita a troca de documentos, realização de perícias e coleta de prova testemunhal.