Quando for empossado, mais uma vez, na próxima semana, o presidente venezuelano Nicolás Maduro, terá um novo desafio político. Neste sábado (5), o Parlamento de seu país, que é dirigido pela oposição declarou que seu mandato é ilegítimo.
Denunciando uma "fraude" para perpetuar o governante socialista na Venezuela, os principais partidos da oposição boicotaram as eleições, embora suas principais figuras já estivessem inabilitadas ou presas.
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Na sexta-feira, o Grupo de Lima, apoiado pelos Estados Unidos, pediu ao presidente que não tome posse e ceda poder ao Legislativo até que eleições livres sejam realizadas.
O novo governo venezuelano terá início na próxima quinta-feira. Segundo o Parlamento, a partir deste dia a presidência será usurpada.
"Reafirmamos a ilegitimidade de Nicolás Maduro (...). A partir de 10 de janeiro estará usurpando a Presidência e, consequentemente, esta Assembleia Nacional é a única representação legítima do povo", disse o novo presidente do Legislativo, Juan Guaidó, após tomar posse do cargo.
A decisão do Parlamento de não reconhecer Maduro não terá efeito, porque suas decisões são derrubadas pelo Supremo Tribunal - alinhado ao oficialismo.
Reeleição de Maduro
Maduro, de 56 anos, foi reeleito no dia 20 de maio em eleições antecipadas convocadas pela Assembleia Constituinte, órgão oficial de poder absoluto que na prática substituiu o Legislativo, única entidade controlada pela oposição.
Apenas um rival de peso, o dissidente chavista Henri Falcón, desafiou Maduro, aprofundando as divisões entre os opositores.