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Pandemia aumentou casos de miopia entre crianças, diz pesquisa

Estudo desenvolvido na China mostrou crescimento de 11% na quantidade de crianças míopes. Médicos atribuem isso aos hábitos do isolamento

Quem tem crianças em casa, sabe o quanto está sendo difícil regular o tempo que elas passam diante de telas durante o isolamento social. Uma pesquisa realizada na China mostra que os hábitos adquiridos para evitar o novo coronavírus – mais tempo em casa em frente à televisão, ao computador e ao celular – estão afetando a saúde dos olhos das crianças.

Os cientistas analisaram 1.793 crianças em Hong Kong, na China. Cerca de 700 delas foram recrutadas para o estudo no início da pandemia, enquanto as restantes já vinham sendo monitoradas por cerca de três anos. Os cientistas mediram a capacidade das crianças de enxergar e aplicaram um questionário sobre o estilo de vida delas, com informações sobre quanto tempo passavam olhando para telas.

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Os resultados mostraram que cerca de uma em cada cinco crianças do grupo “pandemia” desenvolveu miopia entre janeiro e agosto de 2020, em comparação com uma em cada três crianças no grupo “pré-pandemia”, analisadas durante um período mais longo.

Nos dois grupos, as crianças tinham idades entre 6 e 8 anos. O estudo observou um aumento de frequência de miopia naquelas recrutadas em 2020 em comparação com o grupo analisado antes da pandemia: 28% e 17% nas crianças de seis anos, 27% e 16% naquelas com sete e 26% e 15% nas de oito anos.

Essa mudança nos índices coincide com a redução do tempo em que as crianças ficavam ao ar livre, que passou de cerca de uma hora e 15 minutos antes da pandemia para aproximadamente 24 minutos diários após o coronavírus. Já o tempo em frente às telas passou de aproximadamente 2,5 horas para cerca de 7 horas por dia.

“Mostramos um aumento potencial na incidência de miopia, diminuição significativa no tempo ao ar livre e aumento no tempo de TV entre crianças em Hong Kong durante a pandemia de Covid-19”, escreveram os autores do estudo publicado na segunda-feira (2/8) no periódico científico British Journal of Ophthalmology.

“Nossos resultados servem para alertar os profissionais de saúde ocular e também os formuladores de políticas, educadores e pais, que esforços coletivos são necessários para prevenir a miopia infantil”, concluíram os pesquisadores da Universidade Chinesa de Hong Kong.

Tanto a miopia quanto a hipermetropia são condições que diminuem a capacidade de visão de uma pessoa. Os míopes geralmente têm dificuldade em ver objetos à distância, que ficam fora de foco ou embaçados. Já a hipermetropia é o oposto disso, permitindo que as pessoas vejam objetos à distância, mas fazendo com que tenham dificuldade para focar em coisas próximas.

Estudo brasileiro

Uma pesquisa desenvolvida pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), divulgada na segunda-feira (2/8), entrevistou 295 médicos oftalmologistas e constatou que sete em cada dez especialistas identificaram progressão de miopia em crianças durante a pandemia. Quase a totalidade dos médicos consultados (ou 96,3%) para o levantamento respondeu que considera o aumento de atividades fora de casa como um fator que pode contribuir para reduzir a incidência de miopia nas crianças.

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