Uma explosão causada por um vazamento de gás em uma mina de carvão no Irã matou pelo menos 51 pessoas, informou a mídia estatal neste domingo (22/9), em um dos acidentes de trabalho mais letais do país em anos.
“O número de trabalhadores mortos aumentou para 51” na explosão na mina de Tabas, no leste do Irã – a cerca de 540 quilômetros a sudeste da capital, Teerã – informou a agência de notícias oficial Irna, revisando um número anterior de 30 mortos. Outras 20 pessoas ficaram feridas.
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A explosão ocorreu por volta das 21h (horário local) desse sábado (21/9), quando cerca de 70 trabalhadores estavam no local, na província de Khorasan do Sul, informou a Irna.
De acordo com a agência, um vazamento de gás metano levou à explosão em dois blocos da mina, que é de propriedade da empresa privada iraniana Madanjoo.
A TV estatal transmitiu imagens de ambulâncias e helicópteros chegando a Tabas para transportar os feridos para o hospital.
Imagens divulgadas na internet pela Irna mostraram corpos de algumas das vítimas, usando seus uniformes de trabalho, sendo levados para fora do local em carrinhos de mineração.
O governador de Khorasan do Sul, Javad Ghenaat, disse à TV estatal que as equipes de resgate estavam trabalhando para recuperar os corpos restantes.
Resgate
O presidente do Irã, Masud Pezeshkian, em comentários transmitidos pela TV estatal antes de partir para a Assembleia Geral da ONU em Nova York, ofereceu suas condolências às famílias das vítimas e ordenou uma investigação sobre o incidente mortal.
“Infelizmente, ficamos sabendo que ocorreu um acidente em uma das minas de carvão em Tabas e que vários de nossos compatriotas perderam a vida. Ofereço minhas condolências às suas respeitáveis famílias”, disse Pezeshkian.
O Crescente Vermelho do Irã disse que as operações de busca e resgate estavam em andamento na mina, onde alguns trabalhadores permaneciam presos.
De acordo com a Irna, eles estavam a cerca de 250 metros abaixo da superfície, isolados das equipes de resgate por câmaras que se encheram de gás metano concentrado.
“O acúmulo de gás na mina dificultou as operações de busca”, disse o promotor local Ali Nesaei, segundo a Irna. “Atualmente, a prioridade é prestar socorro aos feridos e retirar as pessoas dos escombros”, acrescentou.