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Israel notificou os Estados Unidos momentos antes do ataque em Beirute, dizem fontes

Autoridade de Israel disse à CNN que o chefe do Hezbollah era o alvo da ofensiva


				
					Israel notificou os Estados Unidos momentos antes do ataque em Beirute, dizem fontes
Equipes libanesas de defesa civil e de combate a incêndios chegam à área danificada após os ataques israelenses, enquanto cerca de 10 explosões são ouvidas na área sul da capital Beirute, Líbano, em 27 de setembro de 2024.. ANADOLU AGENCY via Reuters

Israel notificou os Estados Unidos momentos antes do ataque em Beirute nesta sexta-feira (27), de acordo com um funcionário israelense e dois americanos. Não há confirmação se os EUA tinham ciência do alvo.

Uma das autoridades dos EUA disse que Israel informou ao governo que iria tomar medidas militares quando a operação já estava em andamento e com aviões no ar.

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“Não tínhamos conhecimento prévio disso e isso não pode ser considerado um alerta”, comentou a autoridade americana. O responsável israelense afirmou que a notificação foi enviada “pouco antes” do ataque e que os EUA não desempenharam qualquer papel na operação.

A CNN informou mais cedo que o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, era o alvo do ataque de Israel.

Uma fonte próxima ao grupo armado à Reuters disse secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, está vivo, nesta sexta-feira (27).

Esta é a segunda vez em alguns dias que autoridades dos EUA expressam frustração com a notificação – ou falta de – antes de grandes operações israelenses no Líbano.

Antes de Israel explodir centenas de pagers do Hezbollah, na semana passada, as autoridades israelenses notificaram os EUA de que algo estava por vir no Líbano.

O ministro de Defesa israelense, Yoav Gallant, conversou com o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, na manhã do ataque, transmitindo a mensagem. Mas os avisos careciam de detalhes, segundo as autoridades, acrescentando que o país só tomou conhecimento da operação quando começaram a surgir relatos de explosões de pagers no Líbano.

Não houve nenhuma notificação adicional antes das explosões envolvendo walkie-talkies no país, um dia depois, confirmaram as autoridades.

Nesta sexta-feira (27), Israel notificou os EUA sobre outra operação no Líbano antes dos ataques, conforme fontes. Gallant teria conversado, mais uma vez, com Austin antes dos ataques, segundo o Pentágono.

Mas “a operação já estava em andamento”, destacou a vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh.

“Não recebemos nenhum aviso prévio”, disse Singh, recusando-se a dizer se Gallant disse aos EUA que o alvo era Nasrallah. “Não tendo nenhum envolvimento ou conhecimento de que o ataque iria realmente ocorrer, ainda estamos buscando mais detalhes e tentando entender a operação em si”, acrescentou.

Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah

Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.

A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.

Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.

O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.

Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.

No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.

Um adolescente brasileiro de 15 anos morreu após um ataque aéreo israelense. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.

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