O governo de Israel decidiu, nesta quinta-feira (15) proibir a visita de duas deputadas norte-americanas que planejam fazer uma visita ao país.
Ilhan Omar e Rashida Tlaib são do Partido Democrata, que faz oposição a Donald Trump. A primeira é muçulmana, e a segunda é filha de pais que emigraram da Cisjordânia para os Estados Unidos.
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As duas pretendiam visitar Israel na semana que vem, mas foram proibidas de entrar no país.
"A decisão foi tomada, a decisão é não permitir que elas entrem", disse o ministro das Relações Exteriores de Isral, Tzipi Hotovely.
De acordo com o jornal inglês "The Guardian", o embaixador de Israel nos EUA, Ron Dermer, havia dito, no mês passado, que elas não seriam barradas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressiona os israelenses para que eles recusem a visita das duas parlamentares.
"Seria uma exibição de fraqueza se Israel permitir a visita das deputadas Omar e Tlaib. Elas odeiam Israel e todo o povo judeu, e não há nada que possa ser dito ou feito para mudar a cabeça delas", escreveu Trump em uma rede social.
Já havia rumores, na semana passada, de que Trump estava pressionando Netanyahu, de Israel, a negar a entrada das duas parlamentares.
Deputadas iam para três cidades na Cisjordânia
As duas planejavam chegar a Israel no domingo para conhecer a Cisjordânia. Elas seriam acompanhadas por um parlamentar da Palestina, Hanan Ashrawi.
A ideia era ir a três cidades, e também à Jerusalem para visitar uma mesquita que fica em um lugar disputado.
Tlaib também tinha planos para visitar sua família na Cisjordânia.
Primeiro-ministro explica a proibição
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse em uma rede social que a proibição tem como intuito prevenir que as duas prejudiquem Israel.
"Não há país no mundo que respeita mais os EUA e o Congresso americano. No entanto, o itinerário mostrava que o único intuito das parlamentares era prejudicar Israel."
Netanyahu disse também que se Tlaib, a deputada que tem ascendência palestina, protocolar um pedido para visita a família na Cisjordânia com base em motivos humanitários, Israel levaria em consideração, desde que ela prometesse não promover um boicote contra o país.