
Após o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas entrar em vigor neste domingo (19), diversos líderes e autoridades mundiais se pronunciaram sobre o assunto.
Um deles foi o Papa Francisco, que agradeceu a todos os mediadores que estiveram a frente do acordo em oração semanal na Praça de São Pedro, no Vaticano.
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No discurso, Francisco espera que todos os reféns voltem para casa e que a ajuda humanitária chegue logo à Faixa de Gaza. O Papa também pediu que o cessar-fogo seja "imediatamente respeitado".
O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor após um atraso de quase três horas. O início da trégua foi adiado após o grupo terrorista demorar para divulgar a lista das primeiras reféns que serão libertadas.
"Expresso minha gratidão a todos os mediadores. É um bonito trabalho esse de mediar para que a paz seja alcançada. Obrigado aos mediadores. E também agradeço a todas as partes envolvidas por esse importante resultado", afirmou o Papa Francisco."Espero que o que foi acordado seja imediatamente respeitado pelas partes e que todos os reféns possam finalmente voltar para casa e reencontrar seus entes queridos. Rezo muito por eles e por suas famílias", disse.
"Espero que todas as ajudas humanitárias cheguem o mais rapidamente e em grande quantidade à população de Gaza, que tem tanta urgência", completou Fracisco, afirmando que “tanto os israelenses quanto os palestinos, precisam de sinais claros de esperança”.
“Faço votos de que as autoridades políticas de ambos os lados, com a ajuda da comunidade internacional, possam chegar à justa solução para os dois Estados. Todos podem dizer sim ao diálogo, sim à reconciliação, sim à paz. Todos rezamos por isso: o diálogo, a reconciliação, a paz”, finalizou.
Donald Trump, presidente eleito dos EUA, publicou na rede Truth Social sobre o início do cessar-fogo. "Reféns começando a sair hoje! Três jovens mulheres maravilhosas serão as primeiras", escreveu.
O novo conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, disse o que se o Hamas renegar o acordo de cessar-fogo em Gaza para reféns, os Estados Unidos apoiarão Israel "em fazer o que tem que fazer".
Ele acrescentou em uma entrevista ao programa "Face the Nation" da CBS: "O Hamas nunca governará Gaza. Isso é completamente inaceitável."
O Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse que “é importante que o acordo de cessar-fogo de gaza tenha finalmente sido implementado e que os reféns sejam libertados”.
De acordo com a Reuters, Bezalel Smotrich, ministro das Finanças israelense de extrema direita, ameaçou deixar o governo de coalizão se Israel parar a guerra contra o Hamas em Gaza.
Em uma reunião municipal na cidade de Schwalbach, Scholz disse que a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas "deveria ser usada para um desenvolvimento pacífico, uma perspectiva na qual um estado palestino pode coexistir pacificamente com Israel".
O ministro da Segurança Nacional Itamar Ben-Gvir e outros membros de seu partido nacionalista-religioso israelense já renunciaram em protesto contra a aprovação do acordo de cessar-fogo.
Milhares de pessoas deslocadas na Faixa de Gaza, carregando barracas, roupas e pertences, começaram sua jornada para casa, depois que o cessar-fogo entre o Hamas e Israel entrou em vigor.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), caminhões carregando ajuda humanitária entraram em Gaza.
"Os primeiros caminhões de suprimentos começaram a entrar apenas 15 minutos depois" do acordo entrar em vigor, disse o oficial de ajuda da ONU Jonathan Whittall, chefe interino da agência Ocha da ONU para os territórios palestinos, por meio do X.
O cessar-fogo
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou um comunicado afirmando que o acordo não entraria em vigor até que o Hamas divulgasse a lista.
Em seguida, o grupo terrorista declarou que não havia enviado os nomes ao governo de Israel por "razões técnicas".
O cessar-fogo deveria ter entrado em vigor às 8h30 pelo horário local (3h30 em Brasília). Com o atraso, as Forças de Defesa de Israel bombardearam algumas regiões de Gaza em uma operação aérea.