Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > MUNDO

Gêmeas siamesas são separadas pela cabeça na Itália

Irmãs compartilhavam a parte posterior do crânio, assim como o sistema venoso

O hospital pediátrico romano Bambino Gesú (Menino Jesus) anunciou na terça-feira (7) o sucesso, após três cirurgias de alto risco, na separação de gêmeas siamesas de dois anos unidas pela cabeça.

As irmãs Ervina e Prefina nasceram com uma doença "rara e completa da fusão cranial e cerebral", divulgou o hospital.

Leia também

Foi a primeira vez na Itália, - e provavelmente no mundo, já que não há casos semelhantes na literatura médica -, que uma equipe de cirurgiões especializados consegue separar gêmeos dessa maneira.

As gêmeas compartilhavam a parte posterior do crânio assim como o sistema venoso.


				
					Gêmeas siamesas são separadas pela cabeça na Itália
FOTO: Ospedale Pediatrico Bambino Ge

Os exames realizados na Itália mostraram que as siamesas gozavam de boa saúde, mas o coração estava sendo mais exigido para manter o "equilíbrio fisiológico dos órgãos de ambas, principalmente o cérebro".

As crianças têm personalidades "distintas", afirmou o hospital. Prefina é mais agitada e brincalhona, enquanto sua irmã, Ervina, é mais séria e silenciosa.

O maior desafio que a equipe médica enfrentou, entre eles neurocirurgiões, anestesiologistas, neurologistas, cirurgiões plásticos, engenheiros e fisioterapeutas, foi na rede compartilhada de vasos sanguíneos que conduziam o sangue do cérebro a seus corações, explicou o hospital em um comunicado.

As siamesas foram submetidas a "três operações muito delicadas para reconstruir progressivamente dois sistemas venosos independentes", relatou a entidade.

A cirurgia final, que durou cerca de 18 horas e envolveu 30 médicos e enfermeiros, ocorreu no dia 5 de junho, quando os ossos do crânio compartilhado foram divididos.

Depois, os cirurgiões reconstruíram uma membrana que cobre os dois cérebros e recriaram o revestimento de pele sobre os novos crânios.

"Um mês depois da separação final, as gêmeas estão bem", confirmou o hospital.

Em um vídeo de uma festa pelo segundo ano de vida das siamesas, celebrado no hospital, as crianças aparecem com as cabeças enroladas com fitas protetoras, gesticulando e segurando o bolo.

O hospital anunciou que ainda existe risco de infecção e que as crianças terão que usar capacetes protetores por vários meses.

Os exames pós-operatórios mostraram que seus cérebros estão "intactos" e que poderão crescer normalmente e "levar uma vida normal, como todas as crianças de sua idade".

É a quarta vez que este mesmo hospital opera gêmeos siameses.

São considerados casos extremamente raros, aproximadamente um caso por cada 2.5 milhões de nascimentos, alertou o hospital.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas