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Estudo aponta “vírus zumbis” que podem voltar após mudanças climáticas

Investigadores da França, Rússia e Alemanha estudaram vírus que podem reaparecer por causa do processo de aquecimento global

Um quarto do hemisfério norte da Terra está permanentemente congelado há milênios. Sob as camadas de gelo, alertam os especialistas, se escondem centenas de vírus que já deixaram de circular pelo planeta, mas que podem voltar à ativa a partir do aquecimento global.

Uma revisão de pesquisas feita por epidemiologistas e geólogos de três países (França, Rússia e Alemanha) estudou 13 vírus desconhecidos que foram apelidados por eles de “vírus zumbis” por seguirem ativos mesmo depois de milênios. Eles foram encontrados nas regiões próximas ao Polo Norte e em, ao menos quatro casos, eram variantes até então desconhecidas que, provavelmente, apareceram devido ao descongelamento das calotas polares.

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De acordo com os investigadores, é preciso considerar que estes vírus podem representar uma ameaça à saúde pública no futuro. “É errado pensar que tais ocorrências são raras e que os vírus zumbis não são uma ameaça à saúde”, afirmam os pesquisadores, no trabalho que foi publicado em fevereiro na revista especializada Viruses.

A pesquisa encontrou os 13 amostras de vírus ou variantes em pedaços de gelo recolhidos em sete regiões da Rússia que estão próximas ao Alaska. Nas amostras, foram coletados cinco protozoários mumificados pelo gelo que haviam morrido pela ação dos vírus Pandoravírus, Cedratvírus, Megavírus, Pacmanvírus e Pithovírus.

Os “vírus zumbis foram ressuscitados” em laboratório e conseguiram matar células de amebas, seres vivos que provavelmente já existiam na época em que eles circulavam no mundo. No estudo, eles também foram testados em células humanas e de ratos, mas não conseguiram infectá-las, o que, no entanto, não é sinal de que não possam aprender a fazê-lo caso sejam soltos na atmosfera.

“Quanto tempo esses vírus podem permanecer infecciosos uma vez expostos a condições externas (luz ultravioleta, oxigênio, calor) e a probabilidade de encontrar e infectar um hospedeiro adequado nesse intervalo ainda é impossível de estimar, mas o risco está vinculado a aumento no contexto do aquecimento global, em que o degelo do permafrost continuará acelerando e mais pessoas povoarão regiões próximas ao Ártico”, diz o texto.

Pandoravírus

O Pandoravírus foi encontrado em um bloco de gelo de ao menos 27 mil anos em que havia um mamute morto que carregava tanto esta infecção como a do Megavírus. Ao ser reativado em um laboratório, este vírus ainda conseguiu matar amebas.

Cedratvírus

O Cedratvírus foi encontrado em amostras de gelo de mais de 30 mil anos e, segundo os pesquisadores, eles são os mais abundantes entre os que atacaram seres eucariontes no passado. Os fungos, as plantas e os animais – incluídos os humanos, claro — são seres eucariontes. As amostras encontradas são no mínimo 87% diferentes das outras que já eram conhecidas da ciência, o que mostra que este vírus tinha alto número de variantes.

Megavírus

O Megavírus foi assim apelidado por ter sido descoberto em um mamute morto. Ele chamou atenção dos pesquisadores por seu formato e tamanho, diferentes dos vírus que temos em circulação no mundo atualmente, o que o torna um dos mais fáceis de se identificar no trabalho científico.

Pacmanvírus

O Pacmanvírus, também chamado de vírus do lobo siberiano, por ter sido encontrado neste animal pela primeira vez, foi descoberto em uma nova variante, ao menos 43% diferente da que já se conhecia. Considerado um parente distante do vírus da febre suína africana que temos atualmente, o Pacmanvírus tem um tamanho ao menos três vezes maior que os seus descendentes.

Pithovírus

O Pithovírus é um vírus gigante que foi descoberto pela primeira vez em 2014. Desaparecido há 30 mil anos, ele tem cerca de sete vezes o tamanho de vírus mais comuns que infectam humanos atualmente, como o influenza da gripe. Uma pesquisa realizada ainda em 2014 por cientistas franceses foi capaz de reviver este vírus para infectar amebas.

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