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Donald Trump é vaiado em velório de juíza da Suprema Corte

'Honre o desejo dela', gritaram manifestantes; aplausos e gritos de 'Vote nele!' também puderam ser ouvidos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, compareceu ao velório da juíza Ruth Bader Ginsburg na manhã desta quinta-feira, permanecendo em silêncio ao lado do caixão no prédio da Suprema Corte, após receber vaias e aplausos de manifestantes, conta o New York Times.

De máscara, algo incomum ao presidente, e de gravata azul, em vez da tradicional vermelha (cor do Partido Republicano), Trump parou diante do caixão, fechando os olhos por vezes. Mas o silêncio foi quebrado por vaias e gritos de manifestantes.

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"Honre o desejo dela", gritaram alguns, se referindo ao pedido de Ginsburg para que seu substituto não fosse confirmado "até um novo presidente tomar posse". Trump anunciou que deve anunciar sua indicação neste sábado.

Outros aplaudiram e gritaram "Vote nele!". Não ficou claro, porém, se Trump e sua esposa, Melania, que se juntou a ele, podiam ouvir o barulho, que era claramente audível na televisão. Eles ficaram por menos de dois minutos no local.

Também estavam com eles o chefe de gabinete do governo, Mark Meadows, e o conselheiro de segurança nacional, Robert C. O?Brien. Ambos usavam máscaras e baixaram a cabeça com os olhos fechados em sinal de respeito diante do caixão da juíza Ruth Bader Ginsburg, cujo corpo está sendo velado no prédio da Suprema Corte desde ontem.

Na quarta-feira, Trump disse acreditar que a eleição de 2020 terminará na Suprema Corte e, por isso, seria importante ter o quadro completo de nove magistrados, de modo a não haver risco de um empate caso o máximo tribunal do país seja obrigado a decidir o destino da votação.

Em um evento na Casa Branca, ele voltou a lançar dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral, dizendo sem apresentar provas que a ampliação do voto pelo correio por causa da pandemia da Covid-19 levaria à fraude.

Trump também se recusou a confirmar que está comprometido com uma transição pacífica de poder caso seja derrotado:

? Vamos ter que ver o que vai acontecer ? disse.

A hipótese de que a Suprema Corte defina o resultado da eleição pode se concretizar se o resultado da votação em algum dos estados do país não for reconhecido por um dos partidos, como aconteceu em 2000, quando o republicano George W. Bush garantiu sua vitória no Colégio Eleitoral sobre o democrata Al Gore graças à decisão da Suprema Corte de suspender a recontagem na Flórida.

Reação republicana

Um punhado de republicanos, incluindo o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, expressou amplo apoio a uma transferência pacífica do poder depois que Trump se recusou, na quarta-feira, a aceitar os resultados da eleição de novembro. Mas eles evitaram cuidadosamente qualquer crítica direta ao presidente.

"O vencedor da eleição de 3 de novembro tomará posse em 20 de janeiro", escreveu McConnell no Twitter nesta quinta. "Haverá uma transição ordenada, assim como ocorre a cada quatro anos desde 1792."

Os membros do partido trataram o comentário de Trump menos como uma ameaça histórica a um princípio democrático fundamental do que como apenas mais uma provocação do ciclo de notícias que esperavam evitar ? e mesmo os críticos que surgiram tiveram o cuidado de não chamar o presidente pelo nome.

O senador Mitt Romney, de Utah, que esta semana declarou seu apoio à decisão de Trump de acelerar a escolha de um novo candidato para a Suprema Corte, foi o primeiro a criticá-lo, como sempre fez após comentários inflamados de Trump.

"Fundamental para a democracia é a transição pacífica de poder; sem isso, existe a Bielorrússia. Qualquer sugestão de que um presidente pode não respeitar essa garantia constitucional é impensável e inaceitável", escreveu Romney no Twitter na noite de quarta-feira.

A deputada Liz Cheney, de Wyoming e a terceira republicana da Câmara, adotou uma linha semelhante, tuitando: "A transferência pacífica de poder está consagrada em nossa Constituição e é fundamental para a sobrevivência de nossa República. Os líderes dos EUA fazem um juramento à Constituição. Manteremos esse juramento."

Houve pouca menção aos comentários de Trump na rede de televisão favorita do presidente, a Fox News, na quarta-feira, com os apresentadores Tucker Carlson, Sean Hannity e Laura Ingraham se concentrando em outros tópicos.

O oponente de Trump, Joe Biden, por sua vez, parecia refletir sobre a ambivalência dos democratas em responder ao que muitos consideram outra tentativa do presidente de desviar a atenção de seu fracasso na contenção do coronavírus.

? Em que país estamos? ? disse Biden aos repórteres quando questionado sobre os comentários do presidente na noite de quarta-feira. ? Estou sendo jocoso. Olha, ele diz as coisas mais irracionais. Eu não sei o que dizer.

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