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Cidade de 3,4 mil anos reaparece no Iraque devido à seca

Arqueólogos alemães e curdos aproveitaram breve período em que a cidade esteve visível para realizar escavações e documentações

Há meses o sul do Iraque vem sofrendo com uma seca extrema. Desde dezembro de 2021, grande volume de água foi desviado da represa de Mosul, o reservatório mais importante do país, para evitar que as colheitas fossem totalmente perdidas.

Devido ao baixo nível hídrico, as ruínas de uma cidade de 3.400 anos, desaparecida há décadas, emergiram à beira do reservatório.

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"Vi em imagens de satélite que o nível da água estava baixando, mas não estava claro quando a água voltaria a subir. Então tínhamos uma janela de tempo indeterminada", explica a arqueóloga alemã Ivana Puljiz, professora da Universidade de Freiburg.

Apesar das dificuldades e da urgência, os arqueólogos sabiam que o local, conhecido como Kemune, era interessante, pois já haviam estado lá.

Assim, Puljiz se reuniu com Hasan Ahmed Qasim, arqueólogo curdo, diretor da Organização de Arqueologia do Curdistão, e Peter Pfälzner, professor de Arqueologia da Universidade de Tübingen, para realizar uma escavação espontânea de resgate.

Eles reuniram rapidamente uma equipe de arqueólogos alemães e curdos para documentar o máximo possível do grande sítio. Desta forma, por sete semanas, entre janeiro e fevereiro, a equipe pesquisou a cidade da Idade do Bronze, antes que ela voltasse a ser completamente inundada.

Grandes edifícios

Durante uma fase de seca semelhante no Iraque em 2018, os pesquisadores haviam descoberto um palácio semelhante a uma fortaleza, localizado nas proximidades de uma pequena colina e delimitado por um grande muro.

Eles reuniram rapidamente uma equipe de arqueólogos alemães e curdos para documentar o máximo possível do grande sítio. Desta forma, por sete semanas, entre janeiro e fevereiro, a equipe pesquisou a cidade da Idade do Bronze, antes que ela voltasse a ser completamente inundada.

Grandes edifícios

Durante uma fase de seca semelhante no Iraque em 2018, os pesquisadores haviam descoberto um palácio semelhante a uma fortaleza, localizado nas proximidades de uma pequena colina e delimitado por um grande muro.

O fato de os pigmentos terem sido preservados apesar das inundações foi "uma sensação arqueológica", disse Puljiz à DW, após sua visita ao local em 2022.

"É claro que tínhamos grandes esperanças", afirmou, referindo-se à nova expedição. "Com base no que encontramos em 2018, sabíamos que esse local poderia trazer descobertas interessantes. Mas não sabíamos exatamente o que encontraríamos", explicou Puljiz.

Todo o esforço não foi em vão: durante a escavação recente, os arqueólogos conseguiram descobrir outros grandes edifícios, como uma enorme fortificação com muro e torres que cercavam a cidade.

Uma cidade poderosa que dominava a área

A descoberta de um grande armazém de vários andares foi particularmente surpreendente: "Só o tamanho desse edifício mostra que ele deve ter abrigado uma enorme quantidade de mercadorias. E elas tiveram que ser produzidas e levadas para lá", disse Puljiz. Isso sugere que a cidade obtinha suprimentos de uma área circundante.

Puljiz explica que as descobertas iniciais sugerem que o extenso complexo da cidade poderia ser a antiga Zachiku, um importante centro do Império Mitani (por volta de 1.550 a 1.350 a.C.), que controlava grande parte do norte da Mesopotâmia e da Síria.

No entanto, não se sabe muito sobre Zachiku. "Há pouquíssimas menções ao nome desta cidade em outras fontes. Só agora estamos adquirindo novos conhecimentos sobre ela."

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