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China deteve muçulmanos uigures por causa da religião, mostram documentos

Regime chinês prendeu minoria étnica do oeste do país por razões ligadas à religião, como ter barba longa e usar véu.

Documentos divulgados nesta segunda-feira (17) mostram que o governo da China deteve muçulmanos da etnia uigur por motivos religiosos. Famílias inteiras de detidos desse grupo também eram perseguidas por autoridades das chinesas, mostraram os papéis.

Os uigures são uma etnia majoritariamente muçulmana que vive no oeste da China, principalmente na província de Xinjiang. O governo chinês justifica que as prisões são necessárias para o "combate ao extremismo religioso".

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Segundo a emissora norte-americana CNN, que obteve acesso aos documentos do governo da China, alguns dos motivos para as detenções de uigures na cidade de Karakax foram os seguintes:

Prática ilegal de orações

Uso de local não autorizado para orações

Vestir um véu no rosto

Ter uma longa barba

Ter uma esposa que veste véu no rosto

"Possível radicalização" por ter familiares com tradições religiosas

Peregrinação não autorizada

Além dessas razões ligadas à religião muçulmana, uigures foram detidos por outros motivos como possuir passaporte sem ter viajado. Ter mais filhos do que o permitido pela ditadura chinesa é outro motivo para detenção, segundo os documentos vazados.

Outro motivo, segundo a emissora britânica BBC, foram acessos a internet considerados suspeitos por Pequim. Um homem de 28 anos alega que foi detido por ter clicado em um link na rede que o levou a uma página estrangeira ? algo ilegal na China.

Os novos documentos reforçam outras denúncias contra o governo chinês: uma série de papéis de Pequim revelados nem novembro mostravam como a China controla tudo nos campos de detenção de Xinjiang, desde a frequência dos cortes de cabelo até o fechamentos das portas.

Pressão dos EUA

Para além da guerra comercial, os Estados Unidos têm exercido pressão política contra o governo da China por causa da repressão contra a minoria uigur. O Congresso norte-americano aprovou, no ano passado, uma série de medidas contra o regime de Pequim. Entre elas, os EUA proibiram comércio com 28 órgãos e empresas chinesas por causa das violações contra a minoria uigur.

A aprovação revoltou o governo chinês, que chegou a convocar um diplomata norte-americano para explicações. Em dezembro, uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China chamou as prisões de "esforços de contraterrorismo e desradicalização".

"Isso só revela a contradição dos Estados Unidos em relação ao contraterrorismo e expõe o povo chinês à sua hipocrisia e intenções maliciosas", disse Hua Chuying.

Quem são os uigures?

A minoria étnica muçulmana uigur vive na província de Xinjiang, tomada pelo governo central chinês em 1949. Até hoje, esses descendentes dos turcomanos lutam pela independência de sua província, rica em recursos naturais.

Xinjiang tem petróleo, gás, carvão, ferro, ouro e uma rica agricultura. É um dos mais importantes celeiros da China. Além disso, sua posição estratégica é chave. Antes, agia como defesa contra a União Soviética, hoje serve como anteparo às repúblicas muçulmanas vizinhas.

A China é acusada de manter campos de detenção em Xinjiang para a minoria uigur. Documentos publicados pela imprensa norte-americana mostraram que eles são aprisionados em massa para serem submetidos a tratamentos para se livrarem do que Pequim chama de "vírus do extremismo religioso".

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