Eleita como a capital verde europeia, Lisboa dá início a um ambicioso plano de restruturação do trânsito, visando a diminuição de impactos ambientais. A Câmara Municipal de Lisboa (equivalente a uma prefeitura no Brasil) divulgou na última sexta-feira mudanças como limitações à circulação de carros particulares no centro da cidade portuguesa.
Essas e outras medidas já começaram a valer e têm como objetivo incentivar o uso de transportes públicos, reduzir as emissões de carbono e ainda amenizar o congestionado trânsito lisboeta, apontado recentemente como o pior da Península Ibérica em 2019, pelo TomTom Traffic Index, um relatório que comparou o congestionamento em 416 cidades de 57 países.
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O plano divulgado agora impõe uma série de restrições aos automóveis na região da chamada Baixa lisboeta, que abrange algumas das áreas mais valorizadas da cidade, como o Chiado e a avenida da Liberdade.
O objetivo é que a chamada zona de emissões reduzidas esteja funcionando plenamente em agosto deste ano. Por lá só poderão circular carros de moradores e outros com um selo especial de autorização. A área também será vetada para veículos fabricados antes de 2000 -que são mais poluentes.
O governo municipal vai fiscalizar os acessos e a circulação dos carros e promete multas para quem não cumprir as novas diretrizes.
Com a medida, espera-se retirar diariamente de circulação cerca de 40 mil carros e 60 mil toneladas anuais de CO2.
Algumas ruas deixarão totalmente de ser acessíveis para carros, tornando-se estritamente pedonais. É o caso de algumas das vias mais populares entre os turistas, como a rua da Prata e o largo do Chiado.
A Câmara Municipal promete ainda a criação de ciclovias e um reforço nas linhas e nas frequências dos transportes públicos na região, que já é uma das de mais fácil acesso na cidade.