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Buscas por 27 meninas após enchente no Texas seguem neste domingo

Região do Rio Guadalupe, no estado norte-americano, foi tomada por uma forte cheia nesta sexta-feira (4)


				Buscas por 27 meninas após enchente no Texas seguem neste domingo
Policial do Texas diante de pilha de escombros na região de Hunt, no Texas, após enchentes no rio Guadalupe por conta de fortes chuvas. Julio Cortez/ AP

As buscas por 27 meninas desaparecidas em enchentes decorrentes de tempestades e do transbordamento de um rio no estado do Texas, nos Estados Unidos, seguem neste domingo (6). Elas participavam de um acampamento de verão no condado de Kerr. As enchentes deixaram mais de 50 mortos e dezenas de desaparecidos.

As crianças estavam no Camp Mystic, acampamento cristão às margens do Rio Guadalupe, que foi tomado por uma forte enchente em poucas horas na sexta. Vídeos publicados nas redes sociais mostram casas e árvores sendo arrastadas pela cheia repentina.

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O governador do Texas, Greg Abbott, prometeu que os socorristas encontrariam todas as meninas desaparecidas após a enchente. "Não vamos parar até encontrar cada garota que estava naquelas cabanas".

O incidente deixou ao menos 52 mortos, segundo autoridades locais. O número de mortes deve aumentar nas próximas horas.

O condado de Kerr foi o mais afetado, com 43 mortes registradas até o momento, sendo 15 crianças. Segundo o chefe da polícia local, Larry Leitha, os investigadores ainda não conseguiram identificar cinco das vítimas adultas e três das crianças após a enchente.

As outras mortes ocorreram em condados vizinhos a Kerr. Segundo o jornal americano "The New York Times", há mais quatro mortos no condado de Travis, mais três no condado de Burnet, um no condado de Kendall e um no condado de Tom Green.

O presidente Donald Trump lamentou as inundações. Neste sábado (5), ele publicou em seu perfil na rede Truth Social que o governo federal está colaborando com as buscas.

"Melania e eu estamos rezando por todas as famílias afetadas por esta tragédia", completou.

A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, confirmou que o governo federal atenderá ao pedido do governo do Texas de declaração de desastre, que libera ajuda federal para os afetados pelas enchentes repentinas.

As autoridades estaduais haviam alertado sobre o risco de clima severo no dia anterior às chuvas. O Serviço Nacional de Meteorologia previa entre 70 e 150 milímetros de precipitação a partir de quinta-feira (3), mas o volume registrado chegou a 250 milímetros.

Um medidor do nível do Rio Guadalupe, na altura da cidade de Hunt, registrou uma elevação de 6,7 metros em cerca de duas horas, e começou a falhar ao atingir 9 metros, segundo o meteorologista Bob Fogarty. Mais de 800 pessoas já foram evacuadas.

Acampamento destruído

Guardas florestais do Texas informaram, na tarde de sexta, que haviam chegado ao Camp Mystic e iniciado a evacuação dos campistas que estavam em áreas mais altas.

"O acampamento foi completamente destruído. Foi muito assustador", disse Elinor Lester, de 13 anos, que participava do Camp Mystic.

Familiares publicaram mensagens desesperadas nas redes sociais em busca de informações sobre o paradeiro das meninas. Segundo o vice-governador do Texas, Dan Patrick, mais de 750 crianças participavam do acampamento.

A jovem Elinor relatou que foi resgatada de helicóptero junto com suas colegas de cabana, após atravessarem a água da enchente. Ela contou que acordou assustada por volta da 1h30 da madrugada de sexta-feira, com trovões e chuva forte batendo nas janelas.

Elinor fazia parte do grupo de campistas mais velhas, alojadas na área elevada conhecida como Senior Hill. Já as cabanas das meninas mais novas — que podem frequentar o acampamento a partir dos 8 anos — ficavam às margens do rio e foram as primeiras a serem inundadas, segundo ela.

As crianças alojadas nas cabanas mais baixas subiram a colina em busca de abrigo. Pela manhã, estavam sem comida, energia elétrica ou água potável, relatou Elinor. Quando os socorristas chegaram, amarraram uma corda para que as meninas atravessassem uma ponte com a água batendo nas pernas.

Elizabeth Lester, mãe de Elinor, contou que seu outro filho também estava em um acampamento nas proximidades, o Camp La Junta, e conseguiu escapar. Tanto o Camp La Junta quanto outro acampamento da região, o Camp Waldemar, informaram pelo Instagram que todos os campistas e funcionários estavam em segurança.

Elizabeth chorou ao reencontrar a filha. Ela contou que a filha de uma amiga, que atuava como monitora das crianças mais novas no Camp Mystic, está entre as desaparecidas. “Meus filhos estão seguros, mas saber que outras pessoas ainda estão desaparecidas está me destruindo por dentro”, disse.

Na escola primária de Ingram, transformada em ponto de reencontro, famílias se aglomeraram na tentativa de localizar seus filhos. Uma menina com camiseta do Camp Mystic foi vista pela reportagem da agência Associated Press parada em uma poça d’água, chorando nos braços da mãe.

Dezenas de famílias relataram em grupos locais no Facebook que receberam ligações de autoridades informando que suas filhas ainda não haviam sido localizadas.

Chloe Crane, professora e ex-monitora do acampamento, disse estar devastada. "O Mystic é um lugar muito especial, e não consigo imaginar o terror que seria passar por isso como monitora, responsável por 15 meninas pequenas."

Segundo Chloe, o acampamento, fundado em 1926, é um refúgio para meninas que desejam desenvolver autoconfiança e independência. A enchente, no entanto, transformou o espaço centenário em um cenário de destruição.

O acampamento está localizado em uma área conhecida como "corredor de enchentes", explicou Austin Dickson, diretor da Community Foundation of the Texas Hill Country, fundação filantrópica que arrecada doações para apoiar entidades envolvidas na resposta ao desastre.

"Quando chove, a água não penetra no solo", disse Dickson. “Ela desce morro abaixo.”

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