A Balenciaga tem feito esforços para limpar a própria imagem. Uma das marcas de moda de maior sucesso perdeu relevância após divulgar duas campanhas publicitárias com imagens relacionadas à pornografia infantil. Em uma sequência de esforços para se retratar, a grife anunciou parceria com a ONG National Children’s Alliance. O diretor criativo Demna Gvasalia deu uma longa entrevista na qual comentou o caso.
O ano de 2022 não acabou bem para a Balenciaga. A grife, que durante anos ditou tendências com um estilo arrojado e peças polêmicas, “perdeu-se no personagem” com duas campanhas.
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Na ação criticada, foi desenvolvida uma Gift Shop que trazia bolsas em formato de ursos de pelúcia usando roupas e acessórios, de couro e correntes, que remetiam ao fetiche em sadomasoquismo. A problemática das fotos é que crianças seguravam essas peças.
Pessoa andando pelas ruas de Paris com tênis branco, de proporção grande, da marca Balenciaga. Usa ainda uma calça legging preta, uma camiseta branca longa e uma bolsa de couro cinza também da Balenciaga.
A campanha de primavera/verão 2023 somou à polêmica. As imagens, que traziam pessoas com peças da marca em um escritório, “escondiam” três itens que não passaram despercebido dos olhos atentos:
- Uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, de 1996, que reverte a Lei de Prevenção de Pornografia Infantil sob a justificativa de liberdade de expressão;
- Um livro do artista Michaël Borremans, com uma obra em que crianças aparecem nuas em uma espécie de ritual;
- O certificado universitário com um nome que, quando pesquisado no Google, revela-se ser o de um abusador.