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Ataque que matou líder do Hamas vai alastrar guerra no Oriente Médio

Ministro israelense Yoav Gallant afirmou que o país está pronto para combate após ameaças do Irã


				
					Ataque que matou líder do Hamas vai alastrar guerra no Oriente Médio
Ataque que matou líder do Hamas vai alastrar guerra no Oriente Médio. Reprodução/Folha de São Paulo

O assassinato do chefe do Hamas no Teerã, Ismail Haniyeh, tem gerado tensão e pode alastrar uma guerra no Oriente Médio. Se o clima já era de tensão desde a invasão à palestina, em resposta à matança e sequestro de civis por parte do Hamas, o que terminou gerando reação de aliados dos terroristas na região contra Israel, a situação se agravou por causa de bombardeios de tropas israelenses que mataram, no meio da semana, Fuad Shuk, chefe do grupo xiita Hezbollah, no Líbano, e um dia depois do líder político quando este participava da posse do novo presidente do Irã.

Nessa quarta-feira (31), apesar de não assumir a autoria do ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, em pronunciamento na TV israelense, que seu país deu “golpes esmagadores” em aliados do Irã.

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O primeiro-ministro também declarou que vai cobrar um preço alto por qualquer agressão contra Israel. “Cidadãos de Israel, dias desafiadores estão por vir. Desde o ataque em Beirute, há ameaças vindas de todas as direções. Estamos preparados para qualquer cenário e permaneceremos unidos e determinados contra qualquer ameaça”, disse em comunicado televisionado.

Também nessa quarta, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança a Israel pela morte de Haniyeh, que era o principal nome do braço político do Hamas. Ele deu a ordem para o ataque direto a Israel durante uma reunião de emergência do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, segundo três autoridades iranianas não identificadas ouvidas pelo “New York Times”, incluindo dois membros da Guarda Revolucionária iraniana.

Fontes também disseram ao jornal americano que o líder supremo iraniano instruiu membros da Guarda Revolucionária e do Exército para preparar planos de ataque e de defesa do país, caso uma guerra total contra Israel comece ou caso os EUA realizem ataques no Irã.

O ataque ocorreu na madrugada de quarta, durante uma visita de Haniyeh a Teerã, no Irã, para a posse do novo presidente iraniano. Mesmo sem que o governo israelense tenha assumido autoria pela morte, Khamenei prometeu “punição severa” para Israel.

O novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, criticou a ação dentro do país. Ele afirmou que o Irã “defenderá sua integridade territorial” e disse que “Israel se arrependerá pelo assassinato covarde”.

Mais cedo, o porta-voz do governo israelense tinha dito que não comentaria “a morte de Haniyeh”, mas afirmou também estar em alerta máximo para possíveis retaliações por parte do Irã. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou que “Israel não quer guerra, mas estamos preparados para todas as possibilidades”.

O comandante da Força Aérea de Israel, major-general Tomer Bar, disse que dezenas de aeronaves, tripuladas e não tripuladas estão “prontas e preparadas em questão de minutos para qualquer cenário, em qualquer frente”. “Agiremos contra qualquer um que planeje causar danos aos cidadãos do Estado de Israel. Não há lugar que seja longe demais para nós atingirmos”, afirmou Bar.

O governo do Irã realizará um funeral do chefe do Hamas nessa quinta-feira (1º). No dia seguinte, o corpo de Haniyeh será enterrado em Doha, no Catar, onde ele vivia. Um conflito aberto entre Israel e Irã pode ser a maior guerra no Oriente Médio desde a 2ª Guerra Mundial, segundo especialistas.

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