Nesta sexta-feira (6), Kim Dong Chul, que foi condenado por Pyongyang antes de ser libertado em 2018, afirmou que era um espião da CIA na Coreia do Norte. Ele tirou fotos com uma pequena câmera escondida em um relógio dentro do país.
O empresário de 67 anos e pastor protestante foi um dos três americanos libertados em maio de 2018 pelo regime norte-coreano, apesar de terem sido condenado por espionagem dois anos antes.
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As autoridades norte-coreanas libertaram esses três prisioneiros antes da reunião histórica entre Donald Trump e Kim Jong Un.
Em entrevista à rede de televisão pública alemã NDR, transmitida no domingo, Kim Dong Chul confirmou que trabalha como espião da CIA desde 2011.
"Após a morte de Kim Jong Il (em 2011), muitos rumores circularam sobre os possíveis sucessores e a evolução futura do país", explica Kim Dong Chul em um momento durante a entrevista, parcialmente transmitida à imprensa nesta sexta-feira.
Nesse contexto, a CIA decidiu recrutá-lo, já que ele morava desde 2001 em Rason, uma zona econômica norte-coreana especial perto da fronteira com a China e a Rússia, e tinha uma permissão especial para viajar para o exterior e dentro do território norte-coreano.
Kim Dong Chul, cidadão americano, condenado a dez anos de prisão em um campo de trabalho, disse que tinha um relógio com o qual podia tirar fotos com grande discrição.
Além disso, ele alegou ter fotografado navios militares dos quais a CIA tinha apenas imagens de satélite.
Segundo a agência oficial norte-coreana KCNA, ele foi preso em outubro de 2015 no momento em que tentava obter um dispositivo USB que continha informações sobre o programa nuclear norte-coreano.