O Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) promove neste domingo (3) uma ação chamada de "Via-Crúcis Inter-religiosa" para lembrar que já se passaram 6 anos desde que os moradores do bairro do Pinheiro, em Maceió, perceberam as primeiras rachaduras nos imóveis, em fevereiro de 2018.
O problema causado pela mineração se agravou, afetou outros quatro bairros e levou à evacuação de cerca de 60 mil pessoas.
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A mobilização neste domingo conta com moradores de bairros atingidos pelo afundamento do solo, causados por anos de extração de sal-gema feita pela Braskem. A ação faz parte da Jornada Por Memória, Justiça e Direitos, que vai até o dia 9 deste mês.
A concentração da Via-Crúcis foi às 15h, na frente do Templo da Igreja Batista do Pinheiro, com saída às 16h. Ela seguiu pelas ruas abertas do Pinheiro e Bebedouro.

A programação prevê duas paradas, uma no imóvel conhecido como "Casa Rosada" e a outra na casa do ex-morador Ronaldo, que, segundo o MUVB, tirou a própria vida no ano passado por causa de problemas psicológicos que adquiriu decorrente dos danos que sofreu por causa da atividade de mineração. O encerramento será na Praça Lucena Maranhão.
A jornada segue com atividades durante a semana, como nesta segunda-feira (40, quando estão previstas intervenções artísticas, no chamado “Dia D de expressão das vítimas". Na terça-feira (5), acontece o lançamento presencial do livro “Colapso mineral em Maceió”, no bairro do Bom Parto.
Na quarta-feira (6), uma sessão de cinema seguida de debate exibirá o filme “A Braskem também passou por aqui”. A exibição será realizada no Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (Cepa).