Para quem segue a tradição, montar uma fogueira é a tarefa obrigatória nesta época do ano. Quem não consegue recolher pedaços de madeira em casa ou na vizinhança, pode comprar lenha em vários pontos da capital e garantir a festa nesta véspera de Santo Antônio.
No bairro da Jatiúca, aGazetawebencontrou troncos empilhados pelas ruas. Os vendedores não quiseram falar muito, mas garantiram que a madeira é de reaproveitamento, retirada de construções abandonadas ou de árvores derrubadas pela prefeitura.
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Um adolescente estava no local cortando lenha. "A gente anda por aí e quando a prefeitura derruba uma árvore perguntamos se podemos levar aquela madeira. Se deixarem, a gente já traz".
Outro vendedor, de prenome Fernando, diz percorrer também construções e procurar em entulhos. "A gente não vai derrubar nenhuma árvore porque é nossa sombra. Fui numa casa abandonada e peguei uns móveis velhos, cadeiras. Isso aqui é para as crianças, para fazer as festinhas. Mas, o movimento ainda está baixo porque hoje é Dia dos Namorados. Dia 23 que é bom mesmo", espera.

Em trecho da Avenida Josepha de Melo, que liga os bairros de Cruz das Almas e Barro Duro, Rogério Cândido estava vendendo a fogueira a R$ 25. Segundo ele, a madeira também é reaproveitada, principalmente de podas feitas pela administração municipal.
"A madeira a gente pega na rua, é madeira de árvores podadas pela prefeitura por conta de fio e essas coisas. Ao invés de ir para o lixão, a gente pega de carroça e deixa guardado. O movimento ainda está mais ou menos; vendi duas fogueiras hoje. Mas espero que melhore".