Uma descentralização nas formas de transporte disponíveis no Estado de Alagoas vem tornando o Terminal Rodoviário João Paulo II, na capital, obsoleto. Um aumento no uso de vans no transporte intermunicipal e a "clandestinização" do transporte interestadual, assim como o barateamento de passagens aéreas, levou a uma redução de 16% no movimento nos últimos 5 anos.
Selmo Oliveira, gerente do terminal, diz que vem tomando medidas para virar esse quadro. Uma mudança no público médio da rodoviária tem acontecido rapidamente, e as reformas buscam acompanhá-la. "Temos cinco juizados funcionando no terminal, expandimos a área de lojas e reformamos a praça de alimentação", conta.
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A mudança mais recente, na praça de alimentação, tornou, nas palavras do gerente, a área "mais higiênica" e com um cardápio com pratos de maior qualidade. As cadeiras foram substituídas por outras mais novas e as lojas do shopping agora vendem até acessórios de celular. Serviços como juizados também estão presentes, o que diversifica ainda mais os frequentadores do local, que deixam de ser exclusivamente passageiros.
A previsão para o período de festas é que 70 mil pessoas passem pelo terminal rodoviário. Os destinos mais comuns dos alagoanos no período, segundo Selmo Oliveira, são as capitais nordestinas, a exemplo de Recife e Salvador, que saem na frente.
O gerente conta, ainda, que a expectativa é que suas medidas passem a atrair o alagoano para o terminal rodoviário novamente e, além disso, reverta o quadro de queda que ele testemunha nos últimos cinco anos.