A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) apresentará, nesta quinta-feira (23), em coletiva de imprensa, o plano de abertura das ruas do Corredor Vera Arruda, localizado entre os bairros Jatiúca e Mangabeiras, em Maceió. Recentemente, o órgão abriu uma consulta pública on-line para saber a opinião dos maceioenses. A coletiva vai acontecer no hotel Holiday Inn Express, rua Gaspar Ferrari, na Ponta Verde.
"Na ocasião, serão apresentados os estudos técnicos em análise, com o objetivo de trazer soluções para melhoria da mobilidade urbana de toda a cidade e proporcionar segurança viária para os cidadãos", informou a SMTT.
O Corredor Vera Arruda ocupa uma área de 1,5 quilômetro, com 15 ruas, tendo apenas duas acessíveis para veículos.
Após a abertura da consulta pública, a mudança gerou debates nas redes sociais. Os moradores da região relataram que o espaço é amplamente utilizado pela população e é, além disso, um local onde crianças e famílias praticam esportes.
"Andar por ele até mais tarde se tornou mais seguro pela quantidade de pessoas. Saiam das suas caixinhas minúsculas, mobilidade urbana não é só sobre automóveis!", afirmou uma internauta.
Ao mesmo tempo, há quem considere a abertura das ruas uma opção para deixar o "trânsito fluir". "Concordo com a abertura das ruas. Não pode uma população ser prejudicada por interesse individuais", disse.
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Diante do impasse entre os maceioenses, a Gazetaweb entrevistou uma especialista, que fez uma análise sobre a possibilidade de abertura das ruas. Para Jéssica Lima, que é engenheira de trânsito, doutora em transportes e gestão das infraestruturas urbanas e professora do Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o projeto seria uma solução paliativa, mas não resolveria o problema da mobilidade urbana na região.
“Cortar o Corredor Vera Arruda com vias irá destruí-lo. É um dos poucos parques de Maceió, é usado diariamente por centenas de pessoas de todas as idades, seres de diversas espécies, além de ser fonte de sustento de muitos trabalhadores informais que vendem comida, dão aulas de dança, capoeira e até cortam cabelo”, afirmou Lima.
Como uma possível solução, a engenheira de trânsito explicou que é preciso investir em calçadas e ciclovias de qualidade bem iluminadas, arborizadas e com acessibilidade, além de melhorar o transporte público e desincentivar o uso do carro.
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