O Superintendente Municipal de Controle e Convívio Urbano, Reinaldo Braga, declarou, na tarde desta quarta-feira (20), em audiência realizadas na sede do Ministério Público, no Barro Duro, em Maceió, que o cemitério Divina Pastora está em colapso e que, diante da crise financeira que o município passa, não há previsão para construção de um novo espaço para realizar sepultamentos na capital.
Nessa terça-feira, o MPE flagrou corpos em covas rasas e restos mortais sendo consumidos por animais no Divina Pastora. De acordo com o Braga, "o local está em colapso e essa situação se arrasta há mais de 40 anos". Segundo ele, a prefeitura vem trabalhando para amenizar o impacto negativo que a superlotação da unidade enfrenta.
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"É preciso que as pessoas tomem conhecimento que a cidade de Maceió não pode receber todos os indigentes que morrem no estado de Alagoas. É preciso que sejam ofertas outras possibilidades diante do fluxo de corpos. Nosso objetivo hoje é garantir que a demanda de Maceió seja atendida", disse Braga.
Ainda de acordo com a Braga, a solução para a superlotação dos cemitérios de Maceió - como foi registrado ao longo dos últimos meses, inclusive, com o fechamento do São José -, é a construção de uma nova unidade na capital. Porém, explicou ele, um novo espaço para sepultamento leva até três anos para ficar pronto.
Já o promotor Flávio Gomes da Costa, do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPE, explicou que o intuito da reunião com representantes é para que uma solução para o enterro de indigentes seja encontrada.
"Chegamos ao local após denúncia de sumiço de um corpo e nos deparamos com aquela situação degradante. Vamos juntos conversar e tentar chegar a uma solução administrativa, mas caso nada seja feito pela prefeitura, partiremos para a judicialização", explicou Gomes.