Os professores da rede municipal de educação de Maceió fizeram um ato em frente à Secretaria Municipal de Gestão (Semge) nesta segunda-feira (14). A categoria paralisou as atividades para cobrar reajuste salarial que há quase dois anos não acontece. Uma reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas e os secretários de Educação, Ana Dayse Dória, e de Recursos Humanos, Felipe Mamede, está marcada para esta segunda.
Desde janeiro a categoria apresentou à Prefeitura uma proposta de reajuste de 6,81% e aguarda uma decisão por parte do órgão.
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"Já aconteceram reuniões com a secretária de Educação Ana Dayse e com Braga [Reinaldo Braga, secretário municipal de Gestão], mas nenhuma proposta foi apresentada. Hoje, esperamos que saia algo positivo para a categoria. Não dá pra gente ficar de braços cruzados, como ficamos o ano passado e não houve reajuste", afirma a presidente do Sinteal, Maria Consuelo.
De acordo com a presidente, há possibilidades da categoria aderir à greve, caso não saia, na reunião de hoje, nenhum percentual de reajuste. "Isso é uma deliberação da categoria, mas as possibilidades são grandes, porém não é a presidente que vai dizer, é algo que tem que ser encaminhado e a assembleia tem seus argumentos, ela delibera e a gente vai tocar a luta".
Várias escolas fecharam as portas nesta segunda-feira. O Sinteal não soube informar quantos profissionais aderiram ao movimento. No próximo dia 21 haverá uma assembleia para avaliar e discutir as ações e os rumos da paralisação.

A professora Deize Lima disse que a luta não é apenas por reajuste salarial, mas também por melhores condições de trabalho. "Nós não estamos apenas lutando pelo reajuste, é por condições de trabalho também. As escolas estão sucateadas, têm creches que foram apenas inauguradas, a exemplo das creches do Eustáquio Gomes, Recanto dos Contos no Benedito Bentes".
Para o professor Raimundo Monteiro, falta atenção do gestor municipal no que diz respeito a educação". Para promover a educação, o prefeito não se atenta, mas para promover festa, shows, o que não é o básico, a prefeitura tem dinheiro", disse Raimundo Monteiro.