Com a superlotação nos cemitérios de Maceió, o Município decidiu que, a partir de agora, vai reservar apenas dez vagas para enterros de indigentes na capital. A medida foi uma das adotadas depois da reunião entre Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU) e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).
A discussão foi motivada pela situação encontrada pelo Ministério Público Estadual (MPE) no Cemitério Divina Pastora, localizado no bairro de Rio Novo. Em visita ao local no último dia 19 de janeiro, o órgão encontrou covas abertas e restos morais espalhados e carbonizados pelo terreno.
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Além de enterrar apenas indigentes registrados, Estado e Prefeitura ainda definiram outras alternativas para tentar minimizar o problema, como a possível construção de um ossuário no local. Um ossuário com duas mil vagas já está em construção no Cemitério São José, no Trapiche.
No encontro entre a SMCCU e a SSP, que também contou com a presença do promotor de Justiça Flávio Gomes da Costa, responsável pela vistoria em Rio Novo, ficou acordado ainda que o Município só fará sepultamentos de indigentes que estiverem devidamente registrados.
Durante a visita, o promotor classificou a situação do Divina Pastora como caótica. "Depois de uma denúncia, resolvemos vir para ver a situação do cemitério e constatamos esse caos. São covas rasas, corpos expostos e um total desrespeito com a legislação", disse Flávio Gomes da Costa.
Ele reafirmou a importância de resolver o problema o mais rápido possível. "Precisamos resolver isso de forma rápida. Agora, o poder público está com a palavra para nos dizer como vai resolver esse caos. Se não encontrarem uma solução, vamos procurar os meios judiciais para resolver".
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