Mais da metade da população de Maceió está "gordinha". De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 58,7% dos maceioenses possuem com excesso de peso. Já 19,4% dos habitantes da capital estão obesos.
A pesquisa foi realizada pelo Ministério da Saúde ao longo do ano passado. E, apesar dos altos índices, os dados mostram também a adoção de hábitos mais saudáveis. Isso porque o consumo regular de frutas e hortaliças cresceu 9,4% entre 2008 e 2017 e a prática de atividade física aumentou 111,6% de 2009 a 2017.
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O Vigitel mostra ainda que, nos últimos 11 anos, o consumo de refrigerantes e sucos artificiais caiu 58,3% - em 2007, 23,3% da população local consumia a bebida, enquanto no ano passado o percentual foi de 9,7%. Os homens foram os que deram melhor exemplo: 61% deles abandonaram o hábito, contra 53,9% das mulheres.
O consumo de frutas e hortaliças em cinco ou mais dias da semana foi parecido entre os dois sexos, passando de 28,5% em 2008 para 31,2% em 2017. Mesmo com os resultados, a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis do Ministério, Fátima Marinho, ressalta a necessidade da vigilância.
"Mesmo com esta tendência à estabilidade e com o crescimento de pessoas que praticam atividade física e que estão consumindo alimentos mais saudáveis, não podemos deixar de continuar vigilantes com a população de Maceió. A obesidade e o sobrepeso são portas de entrada para doenças crônicas, como hipertensão e diabetes".
A avaliação da obesidade e do excesso de peso é feita levando em consideração o Índice de Massa Corporal (IMC) - considerado normal até 24,9. Por meio disso, é possível classificar um indivíduo em relação ao seu próprio peso, bem como saber de complicações metabólicas e outros riscos para a saúde.
O Vigitel é uma pesquisa telefônica realizada com maiores de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal, sobre diversos assuntos relacionados à saúde. Entre fevereiro e dezembro de 2017, foram entrevistados por telefone 53.034 pessoas.