Ainda sob o impacto da pandemia do novo coronavírus, o comércio de Maceió tenta se recuperar dos meses que ficou fechado, situação que pode afetar a contratação temporária de pessoal no fim do ano, melhor época de vendas. Nesse momento, lojistas acreditam que a cautela deve ser redobrada.
"Acredito que a pandemia vai sim impactar nas contratações, porque a grande maioria das empresas aderiu aos benefícios do Governo Federal com as reduções e suspensões de contratos, logo, os empregos são mantidos e existe a obrigatoriedade da estabilidade. Acredito que as lojas irão apenas complementar os quadros com cautela", declara a presidente da Associação dos Lojistas do Maceió Shopping (Almacs), Lana Rettore.
Leia também
Segundo a empresária, há uma situação que ainda precisa ser resolvida: as empresas que demitiram no início da pandemia e que precisaram recontratar. "As empresas aumentam na faixa de 40% a 50% para a temporada, mas acreditamos que esse ano esse número será de no máximo 30%", avalia a presidente da Almacs.
Já Guido Júnior, presidente da Aliança Comercial de Maceió, aposta que o percentual de contratação de temporários na melhor época do ano para vendas fique entre 10% a 15% do quadro médio de funcionários, o mesmo percentual de 2019. Segundo ele, os empresários estão otimistas, já que a movimentação no centro da capital está melhor do que esperavam. Entretanto, a alta do dólar e a dificuldade de importação de produtos da China ainda devem gerar efeitos na recuperação do comércio.
"A maioria está selecionando temporários para começar em novembro. Ficamos fechados meses e a expectativa é poder recuperar. Temos um problema é que alguns fornecedores não estão recebendo matéria-prima, estão com dificuldade. Com o dólar alto, os produtos importados ficam mais caros e, além disso, a China só consegue exportar 40% do que era antes e hoje muita coisa aqui depende de lá e isso vai refletir no varejo", destaca Guido Júnior.