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Negros e baixa renda têm mais problemas de acesso à energia em Maceió

Informação é do Instituto Pólis, divulgado nessa segunda (26), que utiliza marcadores de raça, classe e gênero para identificar a desigualdade na prestação do serviço

Pessoas negras e de baixa renda são as mais afetadas por problemas no acesso à energia elétrica em Maceió. A informação é do Instituto Pólis, divulgado nessa segunda-feira (26), que utiliza marcadores de raça, classe e gênero para identificar a desigualdade na prestação do serviço.

O estudo considera dois indicadores: Frequência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora (FIC), que indica quantas vezes a luz foi interrompida, e Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora (DIC), que mostra quanto tempo durou a maior interrupção.

De acordo com os dados, nas áreas mais pobres de Maceió, cuja faixa salarial é de até 3 salários mínimos e mais de 60% das pessoas são negras, as interrupções no fornecimento de energia são 43% mais frequentes e 60% mais duradouras do que nas áreas mais ricas, de maioria branca.

Nestas mesmas áreas, a frequência de interrupções é de, em média, 3,13. O número é superior à média municipal, de 2,81. Já a duração dos cortes de energia é de, em média, 4,84 horas ao ano, enquanto a média municipal é de 4,22 horas/ano.

Nas áreas de renda média e renda alta (6 salários mínimos ou mais), a média é de 2,18 interrupções e de 2,96 horas de cortes ao ano. Os indicadores são melhores nos bairros Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca, onde o padrão de renda é mais elevado e a maioria dos moradores é branca.

Os pesquisadores alertam que famílias de menor renda têm menos recursos materiais para lidar com as interrupções e com as consequências da queda da rede elétrica.

O levantamento também destaca o risco de insegurança alimentar para as pessoas mais pobres, já que o estudo aponta que famílias com rendimento mensal de até dois salários mínimos usam a energia elétrica principalmente para a conservação de alimentos.

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Além da desigualdade no acesso, o estudo alerta para a má qualidade do serviço em bairros com altos índices de vulnerabilidade social, que resulta em interrupções no fornecimento e risco de acidentes, quando não há rede oficial de distribuição.

A pesquisa foi feita no Rio de Janeiro (RJ), em Maceió (AL) e Rio Branco (AC) e elaborada a partir de informações fornecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) via Lei de Acesso à Informação (LAI), com dados desagregados por Unidades Consumidoras (UC) de quase todas as distribuidoras de energia do país.

Piores índices

As grotas de Maceió também possuem indicadores gerais sempre inferiores à média municipal, de acordo com o estudo.

As grotas têm média de 3,09 interrupções e somam 4,66 horas de cortes ao ano. O estudo aponta que 52% das residências em aglomerados subnormais têm energia fornecida pela concessionária, contra 48% que têm acesso ao serviço através de outros meio.

Em relação à iluminação pública, 90% das casas em Maceió têm acesso a esse serviço público. Entretanto, nas grotas, apenas 61% dos domicílios possuem postes de luz no entorno.

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