Centenas de pessoas saíram de suas casas, na tarde deste sábado (14), por um motivo bastante especial e único: ver o alinhamento entre astros, ou seja, o eclipse solar, evento astronômico que acontece quando a lua está posicionada entre o sol e o planeta Terra. O palco desse cenário é o Mirante de Santa Teresinha, no bairro do Farol, parte alta de Maceió, onde o público pôde observar a imagem a partir das 16h48m, com sol baixo no poente, até pouco antes das 19h.
A reportagem da Gazetaweb esteve presente e conferiu, de pertinho, a concentração de pessoas que iam chegando para esperar o fenômeno, ainda que custasse frequentar longas filas em meio aos telescópios posicionados no mirante para uma observação segura, já que não é aconselhável a olho nu.
Leia também

Tudo isso acontece graças à iniciativa do Centro de Estudos Astronômicos de Alagoas (Ceaal) e do Instituto de Física (IF) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que oferecem observações telescópicas gratuitas aos entusiastas.
Famílias inteiras foram acompanhar o fenômeno através de sete equipamentos, mas com uma observação de 10 segundos, conforme o recomendado.
Alguns moradores, inclusive, ficaram espantados com a quantidade de público, já que é um lugar bastante tranquilo e sem grande movimentação.
Muitas pessoas até compraram os filtros oculares de fundição e conseguem fazer essa observação independente, a exemplo de Josival Barbosa, que não escondeu a empolgação da família para ver o tão esperado fenômeno.
"Meu filho vinha comentando isso, foi muito empolgante essa semana, corremos atrás da lente para vir. E, aqui, encontramos amigos, se tivesse combinado, não iria encontrar. Estamos prestigiando um evento muito lindo, só agradecer aos envolvidos nisso", disse ele.
Com o aumento do fluxo de pessoas, foi enviada uma equipe do Ronda no Bairro, para evitar que as pessoas passem de carro no momento.

O FENÔMENO
Os eclipses solares anulares são semelhantes aos solares totais, com a exceção de que a lua está no ponto mais distante da sua órbita da Terra, por isso não pode bloquear completamente o sol. Em vez disso, a luz solar envolve a sombra da lua, criando o chamado anel de fogo.
A observação direta sem proteção, no entanto, pode causar lesões irreversíveis na retina. “Muita gente vai querer apontar o celular para tirar foto diretamente do Sol, sem filtros, e isso é muito perigoso, tanto porque pode afetar permanentemente a visão, já que a pessoa que mira o celular acaba, eventualmente, tendo que olhar diretamente para o sol, quanto porque pode danificar o sensor da câmera", destacou Elton Malta, professor do Instituto de Física da Ufal e coordenador do projeto de extensão “Céu no Campus”.

