Uma ambulante passou mal após ter sua mercadoria apreendida por agentes da Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU) na manhã deste sábado (02), no bairro da Ponta Verde. A mulher, que não teve a identidade revelada, chegou a desmaiar e foi socorrida por moradores dos prédios ao redor. Outros três ambulantes também tiveram as mercadorias apreendidas. A Guarda Municipal foi acionada para auxiliar na operação.
Em um vídeo recebido pelaGazetaweb pelo Whatsapp, a ação aconteceu na Avenida Engenheiro Mario de Gusmão, e mostra o momento em que os agentes recolhem o carrinho e colocam no caminhão da SMCCU. Moradores dos prédios vizinhos e motoristas retaliaram a ação da prefeitura, inclusive desferindo palavrões contra os servidores. Alguns arremessaram objetos contra os agentes
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Um flanelinha identificado como "Sorriso", que trabalha próximo ao local da confusão, relatou que a ambulante estava na praia da Ponta Verde, quando tentou fugir dos agentes sendo interceptada na avenida. Ele informou que a todo tempo a mulher gritava dizendo que tinha comprado os cocos fiado e que tinha uma dívida com o fornecedor.
"Ela veio de lá tentando fugir dos agentes, quando a Guarda [Municipal] fez uma barreira aqui no meio da avenida e conseguiram pegar ela (sic). Houve um empurra empurra e ao todo tempo ela gritava dizendo que tinha comprado fiado [os cocos] e que não tinha dinheiro para pagar", contou.
Ainda de acordo com "Sorriso", moradores dos prédios vizinhos socorreram a ambulante que estava desmaiada. Após a apreensão, os agentes da SMCCU levaram o material para a sede do órgão na Avenida Governador Afrânio Lages no bairro do Farol.
Segundo o secretário Municipal de Comunicação, Clayton Santos, o papel da prefeitura é disciplinar o espaço urbano e que é preciso para que a ação de clandestinos não atrapalhe o comércio dos ambulantes cadastrados.
"É nosso papel disciplinar o uso do espaço urbano, senão fica uma desordem Infelizmente os fiscais da SMCCU são obrigados a recolherem mercadorias dos ambulantes clandestinos. A população precisa entender esse papel, pois muitas vezes nossos agentes são agredidos fisicamente e verbalmente", explicou