O pedido de aumento da passagem de ônibus feito pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbanos de Passageiros de Maceió (Sinturb) junto à Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) já repercute nos movimentos estudantis de Maceió. O reajuste de 15% solicitado, elevaria o valor da passagem para R$ 4,02. Atualmente, ela custa R$ 3,50.
Em entrevista ao portalGazetaweb, na manhã desta quinta-feira (11), o presidente da União da Juventude Socialista (UJS), Pedro Mendes, explicou que o aumento pleiteado pelos empresários é extremamente abusivo, levando em conta que o serviço prestado não traz vantagens para os usuários, principalmente, os que dependem - de forma exclusiva - do sistema público de transporte.
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"O transporte público não consegue atender à demanda populacional porque está sucateado. Além disso, horas de espera no ponto e a péssima estrutura dos veículos. Esse aumento não favorece, em nada, os estudantes. Na verdade, não deveria nem ter aumento, dado o agravamento da situação dos coletivos a cada ano", argumentou Pedro.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, o diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lucas Cavalcante, disse que é unânime a posição dos movimentos estudantis acerca do reajuste da tarifa, que, atualmente, é de R$ 3,50.
Segundo Lucas, tal aumento não traduz melhoria no serviço, o que deve mobilizar os estudantes mais uma vez. "Estamos promovendo diálogos com diretórios acadêmicos e outras centrais estudantis para nos mobilizarmos frente ao pedido de aumento e ao consequente reajuste. É triste saber que os efeitos não vêm para beneficiar os usuários, mas apenas enriquecer os empresários", expôs Lucas.
AUMENTO DA PASSAGEM
O Sindicato das Empresas de Transporte Urbanos de Passageiros de Maceió divulgou, na manhã de hoje, a base de cálculo usada para pedir um aumento de 15% no valor da passagem de ônibus. O pedido foi protocolado na SMTT e, segundo as empresas, comprova o prejuízo com a diminuição de passageiros e o aumento do preço do diesel.
Os representantes do Sinturb apresentaram, em documento, um estudo do cálculo feito por um técnico. Os 3% representam o aumento previsto no contrato da licitação, levando em consideração o Índice Paramétrico de Preços ao Consumidor. Já os outros 12% são atrelados à perda de passageiros para integração temporal e à concorrência desleal do transporte clandestino (vans, mototáxis, táxis e complementar).
Os cálculos mostram que o preço ideal da nova tarifa, que deve cobrir os prejuízos atuais, é de R$ 4,02.