Moradores do bairro do Mutange, em Maceió, realizam protesto na manhã desta terça-feira (28) e fecham a principal rua do bairro, a Delmiro Gouveia, impedindo a passagem de veículos pelo local. Eles fazem parte da área considera de risco, em decorrência dos problemas causados no solo pela exploração de minas de sal-gema na região e reclamam do valor de R$ 250 destinado como aluguel social aos atingidos pelos problemas.
Os moradores pedem uma nova reunião com representantes do município, para tratarem sobre o assunto. Desde que a prefeitura anunciou o valor, também destinado eles se consideraram prejudicados, já que, segundo contestam, as famílias também atingidas pelo problema no bairro do Pinheiro recebem R$ 1 mil de aluguel social. Esta diferença de valor entre as duas comunidades também foi alvo de questionamento do vereador Francisco Sales, que em sessão plenária nesta última semana, informou o encaminhamento de ofício à Secretaria Municipal de Assistência Social, para solicitar esclarecimentos sobre a questão.
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O mesmo valor de R$ 250 concedido ao Mutange também deve ser destinado aos moradores de Bebedouro. Os três bairros - Pinheiro, Mutange e Bebedouro - estão nas áreas consideras de risco devido à atividade mineral.
Devido ao protesto, uma longa fila de carros e ônibus de passageiros ficaram impedidos de seguir. Policiais Militares estão no local em negociação com os manifestantes.
Por meio de nota, a Defesa Civil municipal esclareceu que a ajuda humanitária concedida pelo Governo Federal não contempla os moradores do Mutange e Bebedouro, mas que o órgão já solicitou a inclusão dos moradores no aluguel social.
Confira a nota na íntegra:
A Defesa Civil de Maceió esclarece que a Ajuda Humanitária concedida pelo Governo Federal não inclui até o momento os bairros de Bebedouro e Mutange e que já foi solicitada à Defesa Civil Nacional a inclusão dos moradores das áreas afetadas pela instabilidade de solo no aluguel social federal.
Sobre o auxílio-moradia de R$ 250,00 que alguns moradores do Mutange recebem, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) informa que o benefício eventual é ofertado por meio da Lei 7.699/2014, previsto em casos de vulnerabilidade social, não tendo relação com a Ajuda Humanitária concedida pelo Governo Federal à situação de emergência do Pinheiro.